sábado, 6 de agosto de 2011

O Código Aberto Conhecido Como Cristianismo (6):

Post nº 6 da série homônima do blogger Volney Faustini.

Como o código permaneceria aberto, a despeito das forças contrárias?

O risco de se fechar o Código do Cristianismo não viria pelo inimigo de nossas almas. De longe, Deus havia estipulado limites: “... as portas do inferno não prevalecerão contra ela (a igreja)”.

O risco maior estava nos próprios crentes. Vemos isso nas cartas paulinas – basta repassar as introduções de cada uma delas. São escritas para os amados, para os santos, às igrejas, à igreja de Deus, aos santificados, aos fiéis irmãos ... Já nas cartas de Pedro, ele se dirige aos eleitos que são forasteiros e aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa ...João utiliza um tom ainda mais pessoal, dirigindo-se a filhinhos, à senhora eleita e seus filhos ... Mesmo Tiago que mantém um caráter mais impessoal em sua carta se dirige às doze tribos da dispersão.

Ou seja, iniciamos pelos Evangelhos, onde encontramos o relato vivo de Jesus, suas falas e sua história – em detalhes suficientes para que sejamos impactados e transformados pela notícia de tão grande salvação. No livro de Atos dos Apóstolos somos que direcionados a compreender a expansão do Reino no âmbito físico e geográfico, com as atuações resignadas de mártires e de nossos heróis da fé cristã. E a partir daí, nas diferentes cartas somos ensinados nos desdobramentos e significados da fé – sempre no âmbito de comunidades.

Nosso maior desafio portanto está em manter a chama acesa do Corpo de Cristo no sentido comunitário. E para isso Jesus deixa a chave para que o código permanecesse sempre aberto: “onde estiverem dois ou três em meus nome ...”

Se de um lado refletimos e repensamos a forma e a maneira de se fazer igreja – recusando a predominância institucional sobre a simplicidade e franqueza da comunidade, somos instados a permanecer como comunidade. E a sempre sermos comunidade. Somente assim o cristianismo terá valor verdadeiro. Só assim haverá manifestação real e verdadeira de Jesus – e a manifestação d’Ele vivo e em sempre abundante amor.

A chave reside bem aí – no amor!

Como manifestar amor aos outros se não estivermos com mais gente? Como ser comunidade se pelo menos três não estiverem reunidos? Como imitar a Cristo que amou e deu de Si? Como obedecer a vontade de Deus de amar aos outros?

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. (João 13:34)

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