mais uma louca elucubração de Paulo, o Brabo. 
Se me recordo bem daquela palestra que não cheguei a assistir, a  pedagoga estava dizendo que há cinco impulsos ou motivações básicas que  levam as pessoas a agir como agem, e que é tarefa do professor fornecer  aos alunos ferramentas para que sejam capazes de trocar os impulsos mais  baixos pelos mais elevados. 
A motivação mais mesquinha é o medo da punição; acima dela está a esperança de receber uma recompensa; mais nobre do que essas duas é agir obedecendo a uma regra ou a uma lei; acima desta está o desejo de receber a aprovação de um notável ou do grupo; e o impulso mais nobre seria agir de determinado modo simplesmente porque é a coisa certa a se fazer.
Assim, com os impulsos mais mesquinhos embaixo e os mais elevados em cima:
[ 1 ] Porque é a coisa certa a se fazer
[ 2 ] Para receber aprovação
[ 3 ] Em obediência a uma regra
[ 4 ] Para receber uma recompensa
[ 5 ] Para evitar a punição
O desconcertante em se ver as coisas expressas dessa forma é entender  que a maioria de nós não chega jamais a ultrapassar [2] e [3]; se  formos sinceros, será preciso reconhecer que a maior parte do tempo  transitamos entre [4] e [5].
Os mais beatos entre nós poderiam lembrar que há uma motivação ainda  mais nobre do que simplesmente fazer a coisa certa, e essa seria fazer  pura e simplesmente a vontade de Deus. Uma reflexão sincera, no entanto,  bastará para demonstrar que esse fictício impulso de “fazer a vontade  de Deus” está por demais contaminado pelos itens [2], [3], [4] e [5]  para poder alegar qualquer genuína fidelidade ao item [1].
Os antigos mestres da humanidade deixaram muito bem explicado, cada  um a seu modo, que não há verdadeiro mérito em agir impulsionado pelo  intervalo entre [5] e [2]. A singularidade do Novo Testamento talvez  esteja em anunciar que não há mérito sequer em [1], e que mesmo no  impulso de fazer a coisa certa Deus pode não estar.
A boa nova é também uma nova terrível e devastadora, porque acaba  deixando claro, pelo efeito cumulativo da sua revelação, que o único  impulso que deve nos levar a agir é porque é precisamente dessa forma  que queremos agir. Debaixo do peso dessa liberdade e dessa  autenticidade viveu e morreu Jesus; debaixo delas viveram e morreram  Sócrates, São Francisco e todos os santos.
Fazer o que você quer fazer – aquilo que você absolutamente deseja e  sonha e aprova e anseia e endossa e absolutamente não condena – é o  único centro concebível para a vontade concebível de Deus.
MISERÁVEL INTROMISSÃO DESTE BLOGGER:
Parafraseando o apostolo, se formos instados a praticar a virtude, que sejamos aprovados por Deus á medida que fazemos o que nós mesmos aprovamos... OH WAIT.
 
 
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