domingo, 19 de fevereiro de 2012

Delírios sobre uma conspiração dumal

Do autor do blog Nada Novo Sobre O Sol.

Noite de segunda-feira de carnaval, eu em casa, zapeando na Internet antes de dormir, aí recebo um link, onde alguém faz uma suposta análise dos “símbolos ocultos” num vídeo de música da Lady Gaga. Só pra constar, eu não gosto da música que a Lady Gaga produz, porque prefiro o bom e velho rock. Mas continuando, o texto em questão é uma tradução de uma “análise” feita por um site (adivinha???) americano.

Resumindo, fala-se em nova ordem mundial, ocultismo e conspirações secretas dos Illuminati, para controlar a mente das pessoas e blábláblá. Mas espera aí? Será mesmo que um cristão saudável e equilibrado, deve se deixar levar por esse tipo de “caça às bruxas” de símbolos supostamente ocultistas em músicas, propagandas, filmes e etc?

Como já pude testemunhar por pessoas que conheci, e que se dedicavam a essas bobagens conspiratórias, isso gera doença. Gera pessoas apavoradas, incapazes de ouvir uma simples música como música somente, como expressão artística, incapazes de assistir um filme como entretenimento somente, procurando chifre em cabeça de cavalo, e morrendo de medo de serem manipuladas pela “nova ordem mundial”, enquanto são manipuladas, sem perceber, por quem espalha essas teorias, supostamente para combater os “conspiradores”. Pessoas com medo são mais fáceis de manipular.

No meu ponto de vista, entrar nesse tipo de viagem na maionese, serve apenas para perder o foco (e também para alguns espertos venderem livros e DVDs, e ganharem dinheiro palestrando). O passatempo preferido dos crentes, é procurar assuntos pra se desviarem do foco, que devia ser a busca por imitar Jesus.

Discutir sobre se Adão tinha umbigo é uma forma de sair do foco, e entrar nessas viagens na maionese de teorias conspiratórias, é outra. E em muitos casos, faz muita gente perder a razão, ficar paranoico mesmo, adoecido, escravizado pelo medo. Jesus veio libertar as pessoas, de todo tipo de escravidão, e não gerar crentes doentes paranoicos e amedrontados. Então, por que será que sempre vejo evangélicos divulgando e acreditando piamente nesse tipo de teorias de conspiração?

Você acha mesmo que vou ficar ouvindo músicas ao contrário, pra procurar mensagens supostamente ocultas? Ou ficar procurando símbolos ocultistas em tudo? Pra quê? Alimentar neuroses? Já parou pra pensar que hoje, com a Internet, boa parte das pessoas conhece esses símbolos “ocultos”, mais ainda quem trabalha com publicidade, propaganda e marketing, e talvez os incluam de propósito, só pra você, caçador de bruxas, encontrar? 

Ou apenas porque sabem que o ser humano em geral tem curiosidade a respeito desses assuntos, e vai falar da música, do filme, da propaganda, e ajudar mais ainda na publicidade? Eu nem sabia da existência da música da Lady Gaga que foi analisada, fiquei sabendo porque alguém fez propaganda de graça pra ela, quando se deu ao trabalho de traduzir a tal análise, e porque outro divulgou o link da tal “análise”, numa rede social. Do contrário, eu nem saberia que tal música existe, porque como já falei, não gosto do estilo musical dela. Pra quem essas pessoas estão trabalhando, sem saber? Pro artista, claro, porque tudo que a Lady Gaga quer, é isso, chamar a atenção o máximo possível, chocar as pessoas, ser comentada.

Lembra de Jesus falando que se os teus olhos forem bons, tudo fica iluminado? Se você é do tipo que vê o diabo até em rótulos de coca-cola, e vive apavorado com teorias conspiratórias, é o seu olhar que você precisa limpar, é o seu foco que você precisa corrigir, para que seus olhos fiquem bons, e você saia dessa paranoia e dessa escatologia do medo. 

Cure seus olhos, e busque olhar o mundo como Jesus olhou. Quem busca esse tipo de olhar, olha apenas, sem se envolver, sem se deixar enredar, sem se deixar dominar por esse tipo de medo irracional (como acontece com muitas pessoas), porque a base, está nEle e Ele está acima dessas coisas. Cresça, deixe de ser criança brincando de conspiração.

Já pensou se os primeiros discípulos tivessem se deixado dominar por esse tipo de coisa? Já pensou se eles tivessem perdido tempo com isso, analisando músicas, filmes e o escambau em busca dos sinais “ocultos”, e supostos recados cifrados do diabo, e deixado teorias conspiratórias serem o foco, em vez de Deus? Já pensou se eles tivessem ficado obcecados com esse tipo de assunto, e tivessem feito disso o assunto principal da vida deles?

Eu sei que brincar de teorias de conspiração parece mais divertido e emocionante, do que aquele desafio bem mais difícil, e muitas vezes dolorido, de seguir e imitar Jesus, que é coisa de gente grande. Você que decide se prefere continuar achando que é criança, pra ficar brincando no playground, junto com seus amiguinhos crentes em teorias conspiratórias. Eu estou fora.

Abaixo concluo com trechos de um texto do Ricardo Gondim, tratando sobre esse assunto:

“[...]Existe muita vaidade em se achar perseguido. Percebo alguns evangelistas tomados de um enorme      messianismo, achando-se tão importantes, que acreditam mesmo que o mundo inteiro maquina uma maneira  de destruí-los; são tão auto referenciados que projetam sobre si mesmos o ódio que o diabo revelou contra o apóstolo Pedro.

Acontece que a igreja evangélica vem tropeçando em várias questões éticas; repetindo entre o clero os mesmos erros dos líderes políticos; amando o dinheiro, igualzinho ao mundo. A pergunta inconveniente, mas necessária é: para que o mundo precisaria persegui-la? Os evangélicos são inimigos de si mesmos. Réus e vítimas de suas próprias doenças, não provocam a indignação de ninguém, pelo contrário, são, muitas vezes, dignos de pena.

Para que o mundo odiasse a igreja, ela precisaria de uma moral que não só condenasse o vício do cigarro ou da maconha, mas procedimentos íntegros em outras áreas menos abordadas; de uma teologia que não prometesse apenas o céu, e sim engajamento transformador da miséria, dos preconceitos e das injustiças; de uma espiritualidade que não tentasse usar Deus, mas promovesse intimidade com o Pai.

Antes de ter medo do mundo e do diabo, que mais crentes tenham medo de si mesmos.”

Ricardo Gondim

Crentes Com Mania De Perseguição - Pb. Ivo Matias Damas

Post lúcido e inspirado adaptado do blog do Presbítero Ivo Matias Damas.

Tem sido minha experiência exercendo liderança na congregação dos santos, conviver com comportamentos os mais variados possíveis . Lidar com gente é sempre muito difícil. De vez em quando recebo notícias de atritos surgidos entre irmãos . É triste observar a futilidade dos motivos, bem como a meninice no entendimento, se é que há algum, do que seja verdadeiramente a "causa de Cristo".

Atitudes infantis revelam, denunciam, um cristianismo raso, sem Cristo . Arengas absolutamente pueris, que nada têm a ver com a missão a que todos nós estamos obrigados. Lendo Gálatas 5: 1 a 15 , vemos a intervenção do apóstolo Paulo, aparentemente irritado, dando conta de inquietações entre irmãos, decorrentes de controvérsias acerca da circuncisão. Era natural que judeus recém convertidos tivessem limitações no entendimento acerca de um tema tão caro incrustado em sua alma (circuncisão) .

Havia portanto, algum desconforto e inquietação, que levaram o apóstolo Paulo a lembrá-los de que a Lei se resumia numa palavra: AMOR : "Porque toda a Lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".(Gal.5:14) . Ao lermos o versículo quinze (15) da epístola aos Gálatas, capítulo cinco (5) , é inevitável não imaginarmos a cena de uma rinha de briga de cães . Um mordendo o outro, até por fim se matarem . "Cuidado para não se matarem, mordendo-se uns aos outros", estaria dizendo o apóstolo .

A disputa no colégio apostólico (Atos 15), e até o surgimento das denominações, são a prova inconteste de que os seres humanos , salvos ou não, pensam e agem de maneira diferente uns dos outros. A maioria das denominações costuma reunir-se em Concilios. O próprio verbo "conciliar" significa : acomodar, abrandar, adaptar, moderar, temperar, chegar a um acordo .

A realização de um "concílio", por si só, sugere diferenças de opiniões sobre um determinado tema . Isso não quer dizer que não possa haver UNIDADE na diversidade . UNIDADE não é unanimidade e nem uniformidade necessáriamente . E graças a Deus por isso. Não fomos criados por Deus , robôs. A unidade preconizada por Jesus Cristo na oração sacerdotal (Jo.17), diz respeito ao que é fundamental.

E o que é fundamental ? O apóstolo Paulo responde : "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sôbre todos, age por meio de todos, e está em todos".(Ef.4: 4 a 6). Jesus Cristo nos une; o Espírito Santo nos une. Imaginar que temos que pensar cem por cento (100%) igual uns aos outros, sôbre todos os temas do labor cristão, é insurgir-se contra nossa experiência, e atentar contra a própria criação do ser humano. É simplesmente impossível. Temos origens diferentes, formação intelectual diferente, capacidade de percepção e análise diferentes; ninguém é rigorosamente igual ao outro. O problema surge quando um indivíduo quer que seu próximo seja seu clone . Aqui está o problema.

Esta exigência que alguns fazem, de que seu próximo deve pensar e ser absolutamente igual a ele, faz nascer o problema objeto dessa reflexão. Quando o pretenso fazedor de opinião percebe que não está conseguindo encontrar eco, logo identifica e elege um adversário, produto de sua imaginação. Quem pensa diferente dele é apenas um ser humano. Porém, a seus olhos, é mais um inimigo a ser batido. Acabou a paz. A guerra está declarada. Foi assim com Saul em relação a Davi. Felizmente a Palavra de Deus é árbitro entre os crentes. Todos devemos ser submissos a ela.

O crente deve sempre estar aberto a aprender, e deve rever suas posições frente ao convencimento contrário à luz das sagradas letras. Foi assim que fez Apolo, "...homem eloquente e poderoso nas Escrituras...instruido no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus...(Atos 18: 24 e 25) . Embora fosse um pregador com qualidades que qualquer crente gostaria de ter, foi humilde o suficiente para aprender "...com mais exatidão as coisas do caminho de Deus" (Atos.18: 26), com duas ovelhas simples (Aquila e Priscila) .

Durante os meus anos no evangelho, quanta disputa insana assisti entre os de colarinho clerical . Quanto linchamento moral presenciei, vendo lideres sendo denominados de Diótrefes, Alexandre Latoeiro, Tobias, Corá, Datã, Abirão, etc. . No meio chamado evangélico costuma, em alguns casos, ser assim. Quem pensa diferente das lideranças a respeito de questões periféricas, logo é tratado de herege, e rotulado com um desses nomes indesejáveis de personagens bíblicos. É um "chingamento santo".

O famoso romancista espanhol Miguel de Cervantes Saavedra, presenteou a humanidade com o clássico romance "Don Quixote", onde o cavaleiro empreende uma luta contra gigantes imaginários, que, na verdade, eram não mais que moinhos de vento. Há muito crente "Don Quixote". Há muitos líderes dando "quixotadas" por aí.

Alguns que exercem o "poder" no meio dos crentes, costumam ser vitimados desse mal chamado "MANIA DE PERSEGUIÇÃO". O caminho escolhido por eles para a solução de seus devaneios, é sempre o da desqualificação pública do adversário gratuito .A via escolhida para desqualificar o adversário imaginário, costuma ser a vociferação de bravatas espirituais em público, como um carroceiro que bate na carroça para o burro entender .Nunca há aquela transparência bíblica, aquele amor conciliador ensinado nas Sagradas Letras. Quase nunca há uma reflexão isenta de paixões,com vistas a entender as verdades eternas acerca de um tema controverso . A sensação de ser dono da verdade impera.

A EBD talvez fosse o foro adequado para as desejáveis reflexões. Nesse nivel, nos ensina a psicanalista Lais Lima (www.palavraescrita.com.br), "...tais pessoas costumam interpretar erroneamente o comportamento do outro como sinal de agressão, não conseguindo levar em conta outras variáveis que podem estar interferindo no jeito de ser do outro.

Desta forma, risadas de alguém são lidas como ironias, o fato de um indivíduo não ser simpático é analisado como prova de não gostar da pessoa, um simples olhar é traduzido como recriminação". Essa atitude de não se conformar com opiniões contrárias, causa danos, muitas vezes, irreparáveis. Mas esta situação pode ainda ser pior. Estas atitudes podem levar o "desconfiado" a um estado patológico denominado "esquizofrenia paranóide"". Trata-se daquele indivíduo "...mais desconfiado que as pessoas comuns,...tem medo de ser enganado, passado pra trás...pode também indicar um quadro de transtorno de personalidade.

Nesse caso o individuo apresenta um caráter desconfiado e com tendência a distorcer os fatos e muitas vezes, interpretar atitudes amigáveis como insultos ou manifestações de desprezo".(www.usp.br-Dr.Erlei Sassi Jr.-Inst.Pisiquiatria do HC da USP). Essa patologia no meio chamado evangélico, não é tão incomum assim, e muitas vezes é identificada [ERRONEAMENTE] como "DOM DE REVELAÇÃO ou DISCERNIMENTO", porque apresenta alucinações visuais e auditivas . Seja como for, de origem patológica ou não, o comportamento persecutório é sempre pecaminoso . A Palavra de Deus é clara : "O amor...não suspeita mal..."(I Co.13: 4 e 5) .

Se o crente vive com o pé atrás contra seu irmão, vive desconfiado dele, apenas e tão somente porque não concorda cem por cento (100%) com seu pensamento sobre um tema controverso,é claro, não o ama . E porque não o ama, o elege como adversário gratuito. Impinge-lhe a pecha de causador de cizânia, comparando-o a algum personagem bíblico indesejável, ignorando por completo a instrução sagrada : "Ninguém jamais viu a Deus; se amarmo-nos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado...Se alguém disser: amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão , a quem vê , não pode amar a Deus a quem não vê."(I Jo.4: 12 e 20).

Ora, malícia, suspeitas, desconfianças, são vocábulos que indicam comportamentos que não podem fazer parte da ação dos santos . É comum não conhecermos bem nossos irmãos,e, precipitadamente, já traçarmos seu perfil, emitindo, às vezes em público, nosso juizo de valor sobre aquelas almas por quem Cristo derramou seu precioso sangue . Isso é pecaminoso . Não podemos nunca nos esquecer que "...o ladrão veio para roubar, matar e destruir."(Jo.10:10). Roubar a paz, matar o amor e destruir a harmonia entre os salvos . Nunca nos esqueçamos que nossos irmãos não são nossos adversários.

Temos que denunciar e combater os falsos profetas. Nossos irmãos devem ser cuidados, estimados e defendidos .Quando nos reunimos, temos que seguir o padrão bíblico (I Co.14: 26) . A tribuna em nossos encontros não deve ser usada para lançar setas, indiretas ou pedras sobre nossos irmãos em Cristo. Nosso entusiasmo, nossa energia, o melhor de nós, deve ser utilizado para pregar o evangelho de salvação, não para ofender nossos irmãos. Precisamos controlar nossos impulsos decorrentes de nossa velha natureza. O bom perfume de Cristo (II C0.2: 15) tem o poder de atrair e não de espantar .

Vamos então nos aproximar mais de nossos irmãos . Vamos dialogar mais. Vamos aprender uns com os outros, considerando sempre o outro superior a nós mesmos (Fp.2: 3) . Vamos aplainar nossas diferenças à luz da Palavra de Deus, através de um diálogo franco e amigável. Precisamos evitar carimbar nossos irmãos em razão de nossas desconfianças gratuitas . Quando nos aproximamos de nossos irmãos, aumentamos a frequência de nossas conversas, acabamos por rir das desinteligências e meninices havidas, as quais, sem motivo, machucavam nossos corações .

Que Deus nos ilumine.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Onde Deus não está, ou O desvalor de ser autêntico

mais uma louca elucubração de Paulo, o Brabo.

Se me recordo bem daquela palestra que não cheguei a assistir, a pedagoga estava dizendo que há cinco impulsos ou motivações básicas que levam as pessoas a agir como agem, e que é tarefa do professor fornecer aos alunos ferramentas para que sejam capazes de trocar os impulsos mais baixos pelos mais elevados.

A motivação mais mesquinha é o medo da punição; acima dela está a esperança de receber uma recompensa; mais nobre do que essas duas é agir obedecendo a uma regra ou a uma lei; acima desta está o desejo de receber a aprovação de um notável ou do grupo; e o impulso mais nobre seria agir de determinado modo simplesmente porque é a coisa certa a se fazer.

Assim, com os impulsos mais mesquinhos embaixo e os mais elevados em cima:

[ 1 ] Porque é a coisa certa a se fazer
[ 2 ] Para receber aprovação
[ 3 ] Em obediência a uma regra
[ 4 ] Para receber uma recompensa
[ 5 ] Para evitar a punição

O desconcertante em se ver as coisas expressas dessa forma é entender que a maioria de nós não chega jamais a ultrapassar [2] e [3]; se formos sinceros, será preciso reconhecer que a maior parte do tempo transitamos entre [4] e [5].
Os mais beatos entre nós poderiam lembrar que há uma motivação ainda mais nobre do que simplesmente fazer a coisa certa, e essa seria fazer pura e simplesmente a vontade de Deus. Uma reflexão sincera, no entanto, bastará para demonstrar que esse fictício impulso de “fazer a vontade de Deus” está por demais contaminado pelos itens [2], [3], [4] e [5] para poder alegar qualquer genuína fidelidade ao item [1].

Os antigos mestres da humanidade deixaram muito bem explicado, cada um a seu modo, que não há verdadeiro mérito em agir impulsionado pelo intervalo entre [5] e [2]. A singularidade do Novo Testamento talvez esteja em anunciar que não há mérito sequer em [1], e que mesmo no impulso de fazer a coisa certa Deus pode não estar.

A boa nova é também uma nova terrível e devastadora, porque acaba deixando claro, pelo efeito cumulativo da sua revelação, que o único impulso que deve nos levar a agir é porque é precisamente dessa forma que queremos agir. Debaixo do peso dessa liberdade e dessa autenticidade viveu e morreu Jesus; debaixo delas viveram e morreram Sócrates, São Francisco e todos os santos.

Fazer o que você quer fazer – aquilo que você absolutamente deseja e sonha e aprova e anseia e endossa e absolutamente não condena – é o único centro concebível para a vontade concebível de Deus.

MISERÁVEL INTROMISSÃO DESTE BLOGGER:

Parafraseando o apostolo, se formos instados a praticar a virtude, que sejamos aprovados por Deus á medida que fazemos o que nós mesmos aprovamos... OH WAIT.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma Fé que Vale a Pena Professar

Do blogueiro  Jonathan Meneses, do  Escrever é Transgredir .

A inquietude, quando não abafada com consolos artificiais, atrai e torna-se parceira dos paradoxos. O paradoxo pode até existir fora da mente, mas não pode ser reconhecido sem que (na mente) se dê lugar à inquietude, a qual provoca o pensamento que nos desperta quando algo não vai bem e nem, necessariamente, irá ficar bem – ao menos não do jeito desejado, tampouco com falsas garantias, do tipo: “Basta acreditar, que tudo vai dar certo!”.

O enfrentamento do paradoxo, por sua vez, promove, na linguagem do poeta, o que chamo aqui de aceitação inquieta – a aceitação que não se confunde com mera rendição. Ou seja, aceitar uma determinada condição não implica em se render ou se resignar a ela. Por exemplo: reconhecer e aceitar que a política no Brasil é permeada por corrupção não implica em se render à falácia de que todo mundo que nela se envolve é ou fatalmente será um corrupto, ou que nada pode ser feito a respeito da corrupção. Ademais, a realidade não se reduz ao que vemos. O que se vê é apenas uma parte do real, tanto quanto o olhar em si é parcial. Como bem disse Paulo, “agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho...” (1Co 13.12).

Assim, aceitação inquieta é aquela que indica a presença de uma fé que não banaliza nem suprime a realidade tal como a vemos ao mesmo tempo em que afirma (mesmo que relutando) a possibilidade e a imperiosidade de sua transformação. Por esta razão, a linguagem dos salmos – tão recheada de seus “por que” e “até quando” – também vem temperada com seus “contudo”, “apesar de” e “ainda que”, denotando fé na presença, persistência e fidelidade divinas em meio às mais variadas circunstâncias.

Cristianismo e Parapsicologia

Artigo de William V. Hausher traduzido na íntegra do site Mysticligthpress.iam

Estamos confrontados com uma série de questões-chave de centralização em torno da relação entre o cristianismo e Parapsicologia; vou apresentá-los, oferecer observações, e sugerir uma possível resposta.

Em primeiro lugar - porque é que a Igreja sofre atrito contínuo, enquanto as idéias "ocultas "e Orientais registaram um aumento acentuado de popularidade?

Em segundo lugar - porque é que a Igreja encoraja uma dicotomia entre si e pessoas responsáveis, que procuram ser respeitáveis ​​no campo da pesquisa psíquica (parapsicologia)?

Terceiro - Por que a Igreja deixou de apreciar a evidente necessidade de orientação espiritual e mística - de deixar o palco, por assim dizer, a técnicas milenares de meditação que são dispensados ​​a partir dos vasos de religiões orientais, em vez de reviver a meditação e oração, tradições fortes do cristianismo?

Ocultando a Beleza

O conteúdo místico do cristianismo é, e sempre foi, logo abaixo dos chamados "elementos organizados, com seus meio-entendidos rituais, suas sobreposições de rigidez burocrática e administrativa, seus mesquinhos hipocrisias cotidianas. Não é preciso muito para raspar estes acréscimos que apenas escondem a beleza e inspiração logo abaixo da superfície.

Eu sei muito bem que muitos dos que são proeminentes em nossas igrejas temem que haja imprudente imersão psíquica que vai diretamente contra o conceito de disciplinas espirituais cristãs. No entanto, como qualquer medicamento, uma quantidade controlada é benéfica, enquanto que o excesso pode levar ao desastre. Qualquer hábito, até mesmo um bom, vai se tornar um vício quando é exagerado.

Acima de tudo, a grande tradição e bonito do misticismo cristão deve ser visto como parte da existência para a qual tendemos, e que procuramos recuperar, reanimar, fazem parte deste século, material - em um momento que nos ensina o quão limitada a material realmente é, seja em energia, chuvas, terras aráveis ​​disponíveis para oferta de alimentos, e até mesmo os recursos do mar. Não é exagero falar do fato de que apenas um recurso é verdadeiramente inesgotável e que é o recurso do Espírito, o crescimento interior, o recurso dentro de cada um de nós, diretamente ligada à relação mística com Jesus.

Minha preocupação com a dicotomia entre o psíquico e a Igreja moderna é alimentado por tragédias humanas, loucuras e desastres que eu observo todos os dias. Nós não estamos preocupados com as grandes questões, como tal, embora estas questões estão, definitivamente, na categoria grande questão. Nós estamos diretamente preocupados com os problemas humanos individuais, com pessoas que estão perdidas em algum lugar do deserto da nossa obsessão computador, estradas intermináveis, os seus cartazes, e lojas de um nível de desconto - que é o deserto da nossa existência, o deserto em que estamos à procura de um oásis.

Auto-Concern

Não vamos acusar o outro de ser demasiado egocêntrico, embora eu não defenda o egoísmo. Quero dizer outra coisa. Eu ouvi e li a acusação de que já passamos ou ainda estão no meio do "Me Decade"(década do eu ), um período em que estamos todos muito preocupados com nossos Eus - e, nesse manuscrito que soletrar Eus com um "S . " É bem verdade que todos os modismos através do qual muitos passaram durante os anos de escapismo espiritual estão centradas no indivíduo.

 Isso tem sido verdadeiro da cultura da droga, com suas "viagens" para um desconhecido brilhante, mas perigoso dentro da mente humana. Isso tem sido verdade de cada fantasia de passagem, de terapia de grupo para todas as escolas de meditação. A síndrome de expansão da consciência inteira é preenchida com a primeira pessoa do singular: eu, eu, eu!

Isso, para mim, é um grito de desespero. Ele é o descendente direto da Literatura de alienação que também tem estado na moda, mas parece ter tido o seu dia. Para ficar sozinho, de ser estrangeiro, de querer expandir a consciência da pessoa com drogas ou sem drogas "Viagens" pode facilmente se enquadram na categoria de psíquico ou psicológico auto-indulgência. Mas, acredite, isso depende de como ele é feito - ea motivação não é certamente além de fatores positivos, além do que num sentido mais amplo, podemos chamar sem hesitar Redenção.

Por onde podemos começar a recuperar as qualidades espirituais e mesmo mística, se não em nós mesmos? Se, como pais ou mães que não são fortes e todo, não podemos passar a força ou a totalidade aos nossos filhos, não podemos criar a unidade familiar - lembre-se uma outra frase da moda ", a família nuclear"? Talvez essa seja a célula individual a partir do qual o corpo da civilização moderna tem crescido?

Necessitamos de Honestidade

A "Me Decade" é uma caracterização apropriada, contanto que o "eu" faz parte da família, da comunidade e de toda a responsabilidade que a nossa vida um com o outro exigências.

O que precisamos acima de tudo é a honestidade. Isso significa honestidade, principalmente, com nós mesmos. É bastante difícil e não devemos confundi-lo com a honestidade artificial em uma sessão de terapia de grupo, onde um outro insulto é considerado uma saída saudável para a agressão, para obter as torções de sua alma. É difícil o suficiente para ser honesto com si mesmo, e não sem risco, porque uma medida de auto-engano pode ser necessário continuar a manter a esperança.

No quadro geral do tema "Vida, Morte e Pesquisas Psíquicas," a relação entre cristianismo e Parapsicologia tem um significado muito específico.

Você já ouviu falar do trabalho feito pelos drs. Raymond Moody e Elizabeth Kubler-Ross, e dos esforços pioneiros na vida após a morte, pesquisa realizada pelo Dr. Karlis Osis, Kenneth Ring, e muitos outros. Francamente, as suas conclusões não veio como uma surpresa para mim, ou para essa matéria a centenas de outros clérigos que ministravam aos moribundos. As experiências do leito de morte que constituem o núcleo de interesse atual na vida após a morte de pesquisa são comuns para aqueles de nós que já vimos centenas ou mesmo milhares mover através do portão da morte, com a nossa presença, orações e consolo esperançoso.

Nós não podemos falar sobre esses assuntos, porque a nossa profissão tem um código ainda mais rigorosas de sigilo do que o das profissões médicas ou de direito. Mas a vida após a morte é uma realidade que temos encontrado inúmeras vezes. E isso nos deu uma certeza espiritual que, confesso, pode fazer-nos talvez demasiado matéria de facto sobre a realidade de uma vida pós-. Quando lemos ou ouvimos sobre as experiências de fora, trazidos de volta por um paciente que foi considerado clinicamente morto, mas foi reanimado - quando somos informados de tal caso, tendemos a dizer: "Mas é claro, que é o que acontece ! " Vimos homens e mulheres no seu leito de morte, cruzamento e recruzando as fronteiras entre esta existência e no próximo, pois eles falam de visões, de amigos e parentes no mundo do além, e até mesmo de encontros com a própria Divindade.

Não à rotina

Não estou dizendo que esse tipo de experiência é de rotina. Mas outros membros do clero, sem dúvida, pode testemunhar que é freqüente o suficiente para nos acenar com a cabeça quando ouvimos falar pesquisadores das histórias de casos que eles coletaram a partir da morte e aparentemente morto. Nós, afinal, falar as palavras, "vida eterna", não só com mais freqüência, mas também com a compreensão mais direta do que a maioria dos outros.

As insinuações de que a realidade especial, "Life After Life" (vida pós morte) como o Dr. Moody chama, são mais fortes na nossa profissão do que em praticamente qualquer outra pessoa - e eu incluo os médicos e enfermeiros, cuja orientação não é tanto a fazer a transição desta vida para uma vida além da morte uma espiritualmente cumprindo um, mas que deve tentar orientar o paciente longe do portão que leva a uma existência para além do nosso presente.

Chegamos ao tema de vida ou morte com as convicções de um tipo específico. Congratulamo-nos com os esforços dos pesquisadores, pois eles confirmam os nossos conceitos tradicionais. Um cristão que olha para a Parapsicologia deve ter uma predileção especial por suas pesquisas, porque as mesmas coisas de que a tradição judaico-cristã fala envolvem estudo psíquico e parapsicológico.

 A nossa comunhão com Cristo, e nossos entes queridos, se confunde com a comunhão dos santos, anjos e arcanjos, toda a companhia dos céus, e toda a herança do nosso Jesus místico, tudo relacionado a ele, no mundo do invisível tem paralelos em os estudos de parapsicologia. Experiências parapsicológicas, incluindo telepatia e clarividência, não precisam ser religiosas, mas certamente têm implicações religiosas.

A Igreja tem muito a ganhar com estes estudos, e muito a oferecer. Ciência, que já foi chamado de "fato sem fé", e religião, que pode ser rotulado como "fé factless/ sem fatos", têm hoje encontrado um ponto de encontro. John E. Bentley, reitor final de American University em Washington, DC, certa vez declarou: "A ciência caminha com os pés humildes para provar a Deus que a fé tem encontrado." A religião de apenas mero comportamento moralista é longa. Neste contexto, a religião da fúria fundamentalista, embora tenha experimentado a atividade da suposta influência carismática, ainda está sobrecarregada.

A carga é a negação de toda a investigação em estudos da consciência, onde até mesmo a parapsicologia a palavra ou ESP reflete uma conotação diabólica para a mente dos dias modernos, nascidos de novo, Believer Bible Belt. Dr. JB Rhine, que desenvolveu a parapsicologia moderna neste país e pioneira em seus métodos para o mundo inteiro, tem falado em termos desafiadores da relação entre o cristianismo e parapsicologia. Rhine observou que a telepatia em sua forma religiosa, chega perto de oração. Ele compara a capacidade de vidência e de revelação de clarividência.

E ele vê os fenômenos da mente sobre a matéria-de psicocinese, ou PK, como os equivalentes de milagres físicos da tradição religiosa - como ele mesmo diz, de "os poderes miraculosos que se acreditava ser conferido a muitos pela agência divina - como, por exemplo, cura, espiritual. " Embora eu não conheço nenhum estudo em andamento ou grande contribuição para a parapsicologia no judaísmo, devemos concluir que tanto no Antigo Testamento e Novo Testamento estão repletos de referências a acontecimentos paranormais.

Estes eventos podem ser interpretados de muitas maneiras, mas a tradição mística continua - especialmente quando se trata de temas como angelogia e inspiração profética. Mesmo a adoração deve ser visto como um encontro extra-sensorial paranormal e oração em si, seja no Templo armário, ou a Catedral, é essencialmente uma atividade não-físico, tendo em conta a dimensão transcendental.

Todo o Transcendente

Reno disse: "As condições físicas do espaço, tempo, barreiras e instrumentação são todos transcendente Isto é bastante estreita idêntica à caracterização de intercâmbio espiritual na religião que quer que os meios espirituais, ela definitivamente implica um tipo de troca extrafísica Na verdade isso... é a base do conceito do sobrenatural ou milagroso na religião. " É a mesma coisa agora ausente em uma sociedade do século 21 com uma mentalidade não-miraculoso.

Rhine abandonou estudos laboratoriais de vida após a morte em 1930, quando ele descobriu que os métodos de parapsicologia não lhe permitir a diferenciação entre as mensagens de entidades desencarnadas ou espíritos, e as impressões telepáticas ou clarividentes dos médiuns teve como sujeitos de sua laboratório na Duke University em Durham, Carolina do Norte. Fora do laboratório, as pesquisas com médiuns e videntes já dura. Eu também percebo que há armadilhas em uma abordagem não-espiritual para este tipo de investigação. Médiuns e psíquicos não são santificados pelos talentos que mostram, mais do que o caráter de um pianista de concerto ou escultor é enobrecido pelo seu talento.

Vamos ser bem claros sobre isso. As pessoas podem ser psíquicas, mas não necessariamente espirituais. Muitos querem ser videntes, mas não necessariamente adotam a ética e disciplinas espirituais que deveriam acompanhá-los. Quando alguém quer ser psíquico, devemos perguntar: "Por que você quer isso? Quais são seus motivos? Qual é o seu objetivo?" O caminho de voltas e mais voltas desenvolvimento psíquico em muitas direções. É fácil se perder na floresta do inusitado. Lembre-se - isso é fácil de falsas as "presentes" do espírito. É mais difícil de falsificar os "frutos" do espírito.

Orientações psíquicos

Algumas perguntas que podem servir como uma orientação em relação a problemas psíquicos e oculta para o clero são bem afirmou em um relatório sobre Ocultismo e atividades psíquicas publicados pela Igreja Presbiteriana Unida nos Estados Unidos. Foi elaborado pelo Conselho Consultivo sobre Discipulado e Adoração.

1. O evento psíquico ou fenômeno levar-nos como pessoas totais - coração, alma e mente a amar o Senhor nosso Deus, não colocando outros deuses diante dele, e amar ao nosso próximo como a nós mesmos?

2. Será que testemunhar a soberania de Deus como a fonte suprema de possibilidade, poder e recursos, ou é egocêntrico e manipulador, preocupado principalmente com o poder privado?

3. Será que honrar meios escolhidos de Deus de auto-revelação de Seu Filho, Sua Palavra e de Seu Espírito?

4. Será que honrar a criação de Deus, a natureza e a humanidade, em termos de promoção da integridade, da reconciliação, uma postura de auto-sacrifício e solidariedade em vez de exploração, tanto em termos pessoais e sociais? São "o ser amado", e dado o inimigo, pelo menos, status igual neste quadro redentor? É a necessidade humana, corporal e espiritual, um item de preocupação e ação?

5. É aberto à infinita variedade da obra de Deus no mundo, com o reconhecimento humilde de que "os Seus caminhos não são os nossos caminhos," deixando espaço para desconhecidos, para a revelação natural e geral, independentemente da sua fé, etnia ou teologia, desde que não fazer despojar o ser humano ou tentar subverter amor e da comunidade?

6. Será que ela produzir, a longo prazo, os "frutos do Espírito": amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e auto-controle?

7. Será que ela promover a humildade, um reconhecimento de que nós ainda não vemos a Deus "face a face" mas apenas "através de um vidro escuro", que há ainda muito incompreensível ou desconhecido, que nós ainda temos muito a aprender e talvez a reaprender sobre os seus caminhos ?

Certa vez, ajudou um ex-médio, que usou uma frente eclesiástica para tornar-se rico por defraudar os enlutados, os ingênuos e aqueles com uma insaciável vontade de acreditar. Ele se chamava M. Lamar Keene, e eu era instrumental em tê-lo publicar suas confissões de mediunidade fraudulenta em um livro chamado A Máfia Psíquica. A desgraça final - e eu uso a palavra deliberadamente, que significa "a negação da Graça" - de fazer este homem era que ele utilizou uma igreja espírita com todas as pompas do culto cristão, para reunir grandes somas de dinheiro com meios tais como walkie- talkies, ver-através de espelhos, sugestões hábil e prestidigitação psicológica intrincada. Então, quando eu expressar minha impaciência com clérigos colegas dizendo que eles têm fechado os olhos para as realizações legítimas da parapsicologia - Sei muito bem as armadilhas, e provavelmente melhor do que a maioria deles!

Tanto por não ser muito humilde. Eu sei que deve haver salvaguardas, e que a Igreja tem que ser cauteloso. Mas você não pode desenvolver medidas eficazes contra algo que você não conhece. É necessário saber uma doença, a fim de desenvolver um método que trará imunidade. Se somos muito cautelosos sobre os riscos que encontramos na vida diária, não vai querer sair da cama pela manhã, não se atrevem a descer um lance de escadas e, vamos, certamente, abster-nos de atravessar as ruas! Mas isso não é viver. Não é espiritualidade, e não é ciência, e não é dentro da tradição de Jesus Cristo, que se atreveu a sociedade na qual ele viveu com o que aqueles de pouca fé, ou mesmo nenhum, viu apenas como muito romance, muito presunçoso, também não traditional até mesmo para saber.

Indivíduos de ousadia

Claro, dentro de um corpo tão grande como a Igreja - a Igreja de todas as denominações, ou quase todos eles - há pessoas de ousadia. A história da pesquisa psíquica não estaria completo se não fosse para o clero ou leigos com interesses religiosos. Grande parte da investigação neste campo tem sido feito na Grã-Bretanha. Sou grato ao meu falecido amigo britânico, Canon John D. Pearce-Higgins, que em um artigo sobre a pesquisa Igreja e Psíquicas, destacou que o catolicismo sempre teve referência direta a uma vida depois, teve "um lugar para os mortos e para o supranormal ".

 A contínua "crença na intercessão dos santos, bem como a busca e investigação de supostos milagres manteve vivo o sentido da interação da Igreja triunfante com a Igreja militante, e também estimulou o interesse no milagroso ou paranormal." Outra autoridade britânica, Renee Haynes, que era editor do Jornal da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, em Londres, fez um estudo detalhado de um clérigo do século XVIII, Prospero Lambertini, a quem ela chamou de "pai da pesquisa psíquica cristã", e que se tornou Papa como Bento XIV. Ligou fenômenos parapsicológicos à religião, mas distinguiu cuidadosamente entre o paranormal eo divino.

Nós temos aqui na América do Norte os restos mortais que lutam de Fellowship Fronteiras Espiritual. Tive o privilégio de servir como o presidente da organização de 1964-1968 durante seus anos mais produtivos, quando mais de 2.000 pessoas participaram da Conferência Anual. Na Inglaterra, existe ainda a Sociedade de Estudos Igrejas psíquica e espiritual, com que o clero ainda estão filiados. Ambas as organizações continuar uma longa tradição. Uma das principais figuras na história da religião e da pesquisa psíquica foi o Rev. William Stainton Moses, que publicou amplamente no campo, foi o fundador e presidente da Aliança Espírita de Londres, editou o periódico Luz, e foi co-fundador da a prestigiosa Sociedade de Pesquisas Psíquicas. Eu visitei seu túmulo, no verão de 1974 em Bedford, Inglaterra, e notou que sua vida neste nível de existência durou de 1839-1892. Quando olhei para a inscrição na lápide do padre anglicano, fiquei impressionado com o fato de como semelhante e contemporâneo são os pensamentos, impulsos e energias do século XIX até hoje. Os indivíduos são ainda mudou-se para explorar os mundos desconhecidos internos da consciência. A custódia do "mistério" são muitos, e todos eles ajudaram a levar-nos ao presente.

Desejo profundo

A razão para o estabelecimento de pesquisa psíquica era o desejo profundo no coração dos ilustres estudiosos - tanto mulheres como homens - para construir uma ponte entre religião e fenômenos psíquicos, sem render-se ao materialismo aparentemente onipresente que lançou sua sombra sobre a segunda metade do século passado. Em uma antologia escolar editado por ex-astronauta Edgar D. Mitchell, o homem que andou na lua durante o vôo Apollo 14, um escritor com vasta experiência em parapsicologia, Martin Ebon, apresentou um panorama histórico do campo.

Ele observa que os pesquisadores britânicos psíquicos começaram a trabalhar durante um período de dilema espiritual, provocada pela descobertas de Charles Darwin sobre a evolução humana. O primeiro presidente da Sociedade, o famoso psicólogo Dr. Henry Sidgwick, personificava a motivação por trás do programa da organização de pesquisa original. Como o Sr. Ebon coloca, Sidgwick estava profundamente preocupado com a ética humana e conduta de comportamento. Os princípios básicos do cristianismo lhe proporcionou uma forte motivação para o pensamento ea pesquisa no campo do psíquico.

A principal figura que aparece nesta tradição foi o Rev. Leslie D. Weatherhead, que morreu aos 82 anos de idade. Ele era um ex-presidente da Conferência Metodista, e 1936-1960 ele serviu como ministro do Temple City, em Londres. Ele tinha a dizer sobre a cura, que eu já mencionada como uma das áreas mais importantes para a nossa compreensão e investigação. Estas são palavras do Weatherhead:

"Ao cura ... se entende o processo de restabelecimento da harmonia quebrada que impede a personalidade, em qualquer ponto do corpo, mente ou espírito, desde o seu perfeito funcionamento em seu ambiente relevante, o corpo no mundo material, a mente no reino da verdade idéias, mas o Espírito em sua relação com Deus ".

Fontes excelentes

Eu quero chamar a atenção para a vasta e, em muitos aspectos da literatura, excelente que existe neste campo. Psicologia Weatherhead do livro, Religião e Cura, publicado anos atrás, pode ser lido como uma experiência enriquecedora hoje, e durante décadas no futuro. E não estou falando apenas de ler obras como um indivíduo. Eu sinto que em grupos de estudo e, certamente, em seminários cristãos, tais leituras devem ter lugar no âmbito dos cursos de pesquisa em toda a área do cristianismo e da Parapsicologia. Em meu próprio livro, The Frontier Espiritual, que foi publicado em 1975, eu tinha um prazer especial em compilar uma extensa bibliografia de leitura sugerido que ocupava cerca de 16 páginas.

Nossos seminários teológicos enfrentam o desafio muito óbvio e pertinente da parapsicologia, incluindo em seus currículos. Eles devem também dar uma ênfase renovada na teologia ascética e mística. No mínimo, o clero, que deve atender o mundo cotidiano em que vivemos, deve ser bem preparado para responder perguntas, realizar cursos de estudo e lidam com sermões sobre temas como "A profecia e precognição," em elementos psicossomáticos e fatores espirituais na cura de orações, em caprichoso tal, mas temas importantes como exorcismo, a reencarnação, casas mal-assombradas, e tudo do Triângulo das Bermudas do Apocalipse.

Sim, eles devem pregar o Evangelho, mas também deve interpretar pesquisas da consciência e colocar em perspectiva as várias tendências religiosas que podem dificultar ou avançar o buscador da verdade. Certamente não é satisfatório para a mente questionadora para encontrar relatórios sobre esses supostos fenômenos reais ou quase exclusivamente em sensacionais tablóides semanais -, mas a freqüência com que tais eventos são relatados nos periódicos populares mostra quão extenso e profundo interesse do público é.

Descobertas em parapsicologia, por exemplo, têm sido bem divulgado pelo Stanford Research Institute, uma organização de pesquisa privado em Menlo Park, Califórnia. Dois físicos, Russell Targ e Harold Puthoff, publicaram as suas conclusões sobre o que eles chamam de "visão remota" - o que costumava ser chamado de clarividência - nos Anais do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos. Eles descobriram "facetas da percepção humana que parecem cair fora da faixa de bem-compreendidas capacidades de percepção ou de transformação." Eles alcançado alta qualidade de visualização remoto, de locais e objectos distantes, a partir de psychics experientes, bem como a partir de voluntários inexperientes. Essas pessoas mais ou menos vontade se localizar com suas mentes coisas como estradas, edifícios e aparelhos de laboratório. Cinqüenta experimentos, com meia dúzia de indivíduos, foram realizadas.

Jornada Milagrosa

Targ e Puthoff dizer que a natureza precisa do canal de informação acoplamento eventos remotos e da percepção humana não é ainda totalmente conhecido. Eles pensam que aspectos da teoria da informação, a teoria quântica e da investigação neurofisiológica "parecem suportar diretamente sobre esta questão." Acho que podemos acrescentar que esses físicos estão pisando em território que, na definição e contexto, poderia muito bem ter sido classificados como milagrosa. Sem dúvida, não só campos como a neurofisiologia têm uma influência sobre a investigação deste tipo, mas também é do mais alto interesse para quem olha para os aspectos físicos de experiências espirituais e místicas. A "vidente" da nossa tradição, pode-se presumir, um equivalente na Califórnia laboratório de física - embora, apesar das palmeiras em Menlo Park e da proximidade com o Oceano Pacífico, o edifício do Instituto Stanford é estritamente secular.

Devo responder às perguntas que eu fiz no início, todos eles ao ponto de por que a Igreja ainda está hesitante em lidar com a parapsicologia, mesmo com medo dela. Acho que a resposta é simples ignorância. Não só o medo, medo do desconhecido, além de simplesmente não saber o que está acontecendo. Nós não estamos lidando com demônios e bruxas, mas com a ciência, e com as necessidades mais profundas da alma humana, da qual ainda sabemos muito pouco. E em grande parte o que a pesquisa parapsicológica foi encontrado, o significado central é a incrível inter-relacionamento de todos nós uns com os outros - por telepatia na ocasião e em termos surpreendentes, mas mais sutil e menos facilmente rastreáveis ​​maneiras presumivelmente o tempo todo.

Ninguém pode negar que existem armadilhas, e eu acho que eu fui bem claro sobre isso. Mas eu gostaria de acrescentar para que, como eu resumir as minhas opiniões. É, eu sei, só muito fácil ficar impressionado com o que parecem ser autênticas experiências psíquicas, e ignorar explicações alternativas. Desenvolvimento psíquico prosseguido para o mero propósito de desenvolver um talento é uma forma de vaidade, e pode ser perigoso. Pode-se ser enganado por falsas alegações em publicidade, auto-denominados médiuns profissionais incentivar aqueles que buscam um substituto para não cumpridas necessidades emocionais. Mentalistas que aparecem na televisão e fingir ser médiuns estão navegando sob bandeira falsa. Algumas pessoas pensam que eles estão enfrentando "revelações", mas as chances são que ilusões, obsessões e frustrações, neuroses e outras formas de perturbação emocional pode estar no centro dessas impressões.

Personalidade integrada

Desenvolvimento psíquico ou espiritual, devem resultar em uma personalidade integrada. É por isso que eu quero ênfase em oração, meditação, contemplação e adoração como elementos estabilizadores para uma vida equilibrada interior. Drogas não são atalho para o crescimento psíquico ou espiritual verdadeiro, mas o caminho para a ilusão. Vários dispositivos, tais como a tábua de Ouija, a prancheta e escrita automática pode levar a um avanço de outra forma controlados forças subconscientes vulcânicas, eles devem ser evitados.

Fico, então, firmemente no meio. Sou a favor de estudo individual, inquérito paciente dentro de um quadro adequado espiritual. Mas eu sou contra a negação. Eu sou contra o medo. Sou contra a arrogância da ignorância. É tão simples como isso.

Afirmação extraordinária? Mova os postes da baliza!

Do site The Anomalist.

Se você já ouviu isso uma vez, sem dúvida já ouviu um milhão de vezes. "Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias." Esse velho ditado tornou-se o ataque número um do cético contra as alegações que ameaçam derrubar seus apreciados cartuchos de apliques. E é bom, por um motivo simples: eles estão certos.

Mas por trás dessa disputa sobre o que seria extraordinário, podem ocorrer algumas manobras espantosas de bastidores. Como os argumentos voam sobre o que exatamente constitui a prova necessária, muitas vezes há alguma reescrita apressada das regras do jogo. 

Para o suposto extraordinário, para a afirmação pouco ortodoxa à beira do sucesso científico, as regras básicas são alteradas de bom grado. Essa prática, muitas vezes chamada de "Mover os postes da meta", é um fenômeno extraordinário e merece reconhecimento.

A frase evoca uma imagem dos postes do gol em, digamos, a endzone de um jogo de futebol, que são lentamente movidos para o final da endzone, ou além, conforme um time ameaça marcar. A outra equipe recorre à trapaça, mudando as regras do jogo em um esforço total para evitar uma derrota.

Bem, não é provável que aconteça no futebol, mas é assim que acontece na ciência. Vou ilustrar esse fenômeno de "mover as balizas" com dois exemplos, um do campo da geofísica, o outro da lingüística, mas o mesmo fenômeno pode ocorrer em uma série de disciplinas menos ortodoxas, como a parapsicologia, por exemplo . Vou começar com o exemplo da geofísica porque estou intimamente familiarizado com os detalhes da controvérsia em questão. Acontece que ajudei o cientista envolvido a escrever um livro sobre o assunto.

O livro, chamado The Big Splash(Birch Lane Press, 1990; Avon, 1991), envolve Louis A. Frank. Frank é um físico da Universidade de Iowa e um membro altamente respeitado da comunidade de ciência espacial. 

Em 1986, ele encontrou evidências em imagens de satélite de que a Terra estava sendo bombardeada por cerca de vinte cometas do tamanho de uma casa por minuto. Esses cometas de gelo são tão pequenos, disse ele, que se separam e se transformam em água na alta atmosfera. E com a idade da Terra, raciocinou Frank, esses pequenos cometas que chegam seriam responsáveis ​​por toda a água em nossos oceanos e mais um pouco.

A resposta dos astrônomos à descoberta de Frank não foi inesperada. "Se essas coisas existissem", disseram, "nós as teríamos visto." Claro, os astrônomos realmente nunca consideraram que os cometas pudessem ser tão pequenos, já que normalmente medem os cometas em quilômetros. Tampouco haviam realizado uma busca de objetos próximos à Terra que pudessem revelar a existência de objetos tão pequenos e escuros. Mas esqueça, os astrônomos não tinham interesse em procurar esses objetos porque sabiam o resultado com antecedência.

Um físico, no entanto, decidiu provar que Frank estava errado à moda antiga - conduzindo uma busca telescópica. O nome do físico era Clayne Yeates. No final dos anos 1980, ele trabalhou como gerente de projeto da missão Galileo para o Jet Propulsion Laboratory (JPL) na Califórnia. 

Yeates, que já faleceu, obteve financiamento do JPL e alugou o telescópio Spacewatch em Kitt Peak administrado pela Universidade do Arizona. Uma pesquisa realizada em janeiro de 1988 produziu alguns resultados impressionantes - imagens reais de pequenos cometas.

Quando as imagens foram apresentadas a cientistas em uma reunião da União Geofísica Americana alguns meses depois, no entanto, muitos não se convenceram. Eles pensaram que os chamados pequenos riscos de cometas nas imagens eram meramente ruído - flutuações nos dados devido ao acaso. 

O padrão de prova em astronomia é ter duas imagens do mesmo objeto. Quando Yeates escreveu um artigo anunciando os resultados de sua pesquisa, o editor da Geophysical Research Letters o informou que "para que seu artigo seja aceito para publicação, os revisores devem estar convencidos de que você viu o mesmo objeto em duas exposições consecutivas".

Acontece que Yeates já havia feito essa busca e obtido exatamente isso - duas imagens consecutivas do mesmo objeto. Na verdade, ele tinha seis pares de imagens. 

Yeates então forneceu ao editor da Geophysical Research Letters um par de exposições sucessivas que mostravam o mesmo objeto. Mas quando os árbitros do jornal de Yeates viram as imagens duplas, devem ter ficado surpresos, pois decidiram mudar as regras da astronomia só para ele.

Apesar de atender aos requisitos de prova do editor, o artigo de Yeates foi rejeitado. Um dos árbitros disse que três imagens consecutivas do mesmo objeto eram necessárias para ele acreditar que as raias não eram ruído. Yeates estava zangado e com razão. 

Parece que de repente os astrônomos decidiram mudar as regras padrão de confirmação. Em vez de ter duas imagens do mesmo objeto, os astrônomos agora decidiram aleatoriamente que três eram necessárias. Mas se Yeates tivesse produzido três, certamente os astrônomos teriam pedido quatro. E se ele tivesse quatro, eles teriam querido cinco.

Este foi meu primeiro encontro com um exemplo flagrante de "mover as traves do gol". Testemunhei muitos outros exemplos desde então, mais recentemente em uma controvérsia amarga ocorrendo na linguística - Os chimpanzés podem realmente aprender a usar a linguagem?

Uma década e meia atrás, as afirmações dos pesquisadores da linguagem animal foram desacreditadas como auto-ilusões exageradas. Os críticos insistiram que tais afirmações eram meros exercícios de ilusões. Você pode treinar animais para fazer todos os tipos de coisas incríveis, eles disseram, como ensinar ursos a andar de motocicleta. 

 Eles disseram que os chimpanzés não aprenderam nada mais sofisticado do que apertar os botões certos ou fazer as declarações certas para fazer os humanos tossirem aquelas tão amadas bananas e M & Ms. Não há evidências, concluíram os críticos antes de bater a porta sobre o assunto no início dos anos 80,que as declarações do chimpanzé se assemelhavam, mesmo remotamente, às habilidades linguísticas de uma criança.

Mas uma pesquisa recente de Sue Savage-Rumbaugh e outros cientistas do Language Research Center da Georgia State University em Atlanta parece refutar essa visão. Seus chimpanzés pigmeus, que alguns cientistas acreditam ser mais inteligentes do que os chimpanzés comuns estudados nos experimentos de linguagem "falhos" anteriores, parecem ter aprendido a compreender frases complexas e parecem usar linguagem simbólica para se comunicar espontaneamente. Seus chimpanzés demonstram as habilidades rudimentares de compreensão de crianças de dois anos e meio.

Os críticos não querem saber disso, é claro. E tudo o que os reclamantes podem fazer é balançar a cabeça em frustração. Stuart Shanker, filósofo da York University em Toronto e co-autor de Savage-Rumbaugh em um novo livro, insiste que os linguistas estão aplicando um duplo padrão a esse novo trabalho. 

Os críticos estão descartando habilidades como juntar um substantivo e um verbo para formar uma frase de duas palavras, que eles considerariam uma habilidade lingüística nascente se vista em uma criança pequena. "Os linguistas continuaram aumentando suas demandas e Sue continuou atendendo as demandas", disse Shanker a George Johnson do New York Times em uma história publicada em 6 de junho de 1995. "Mas os linguistas continuam movendo as traves do gol."

Ah sim. Shanker é obviamente bastante familiarizado, para não dizer frustrado, com esse negócio de "mudança de baliza". A prova extraordinária freqüentemente parece significar uma mudança nas regras básicas do jogo, uma mudança nos padrões da prova.

 Embora os reclamantes considerem isso injusto, e eu posso facilmente ver por que eles pensam assim, tal ação poderia ser aceitável se pelo menos as regras fossem alteradas antecipadamente . Mas, infelizmente, muitas vezes parece que as regras mudam à medida que o jogo está sendo jogado. Tudo isso dá um significado verdadeiramente extraordinário à frase "prova extraordinária".

Copyright © 1995 por The Anomalist


Copyright © 1995 por The Anomalist

domingo, 12 de fevereiro de 2012

William Lane Craig em parapsicologia e precognição, Molinismo e o Problema da Liberdade humana

Do blog de lingua inglesa Subversive Thinking.



Filósofos cristãos (e filósofos, cientistas e estudiosos em geral, para que o assunto) não tem interesse (e tendem a ser ignorantes sobre) a parapsicologia e pesquisa psi. Como regra, os poucos contemporâneos filósofos profissionais interessados ​​em pesquisa psi são os  naturalista-materialista- os ateus, que são membros do organizações ateístas militantes ou desmitificadoras (como Paul Kurtz, Edwards Paul, Robert Caroll, Keith Augustine, etc) que, corretamente, podem ver que a evidência para a psi (e a sobrevivência post-mortem da consciência humana) está em tensão com as asserções básicas da visão do mundo metafísica naturalista e, portanto, eles tentam refutar ou minar a evidência (ou explicá-la em termos compatíveis com o naturalismo, por exemplo, como auto-enganos, fraudes, falhas de métodos experimentais, truques, etc.) outro pequeno grupo de filósofos interessado em psi (menor em comparação com "céticos"), como Chris Carter, Stephen Braude, Ray Griffin David ou Almeder Robert, não são necessariamente os naturalistas metafísicos (no sentido em que Kurtz ou Agostine são), nem materialistas, e, portanto, tendem para ser mais simpático para a evidência científica para psi.

Filosófos e estudiosos cristãos em geral, estão demasiado ocupados  refutando os ateus, ou defendendo o teísmo ou o cristianismo, e a maioria deles parece não mostrar conhecimento em ( ou interesse em conhecer ) parapsicologia. Alguns cristãos ainda consideram o tópico inteiro uma "questão satânica", e não digna de investigação posterior. Assim, você pode imaginar meu espanto quando, ao ler o livro muito curto de Craig " O Único Deus Sábio: A compatibilidade da presciência divina e a liberdade humana " , ele escreveu com simpatia sobre pesquisas parapsicológicas sobre precognição, por exemplo:

 Apesar de muitos filósofos e cientistas considerarem a precognição como um total absurdo, a evidência   para   isso é impressionante (p. 97).

Mais impressionante para mim foi ver Craig citando artigos técnicos no Journal of Parapsychology , e mostrando bom comando e compreensão de algumas obras de pessoas como Helmut Schmidt , Whately Carreton, Targ Russell, Alan Gauld, Scriven Michael, CDBroad e outros pesquisadores de psi informados. (Livro de Craig é a partir de 1987, por isso não inclui os mais recentes referências sobre precognição). Você tem que manter em mente que o livro de Craig NÃO é sobre parapsicologia. A razão pela qual ele explora essa questão (especificamente em relação a precognição) é que é relevante para o tópico que ele está discutindo no livro, ou seja, se for dada a Presciência de Deus, a liberdade humana é possível ou não (um tema que está pressionando para os cristãos, porque a Bíblia sugere tanto a Presciência de Deus quanto a liberdade humana ) . Craig defende uma posição conhecida como Molinismo ( uma posição muito controversa entre os pensadores cristãos), o que faz a precognição humana compatível com a Onisciência de Deus ( incluindo pré-conhecimento de decisões livres da criatura ) e a liberdade humana.

A importância do livro de Craig para estudos seculares de precognição

Independentemente de cada de persuasão teológica  pessoal, eu acho que livro de Craig é importante porque o tema que ele está tratando é, mutatis mutandis, o mesmo problema teórico que qualquer que acredite em precognição irá enfrentar: Se precognição existe, é a liberdade da vontade possível?

Esta questão teórica quase nunca é abordada na maioria dos livros sobre parapsicologia, em parte porque a maioria dos parapsicólogos não são treinados filosoficamente, e em parte porque a parapsicologia ainda é teoricamente fraca, embora seja empiricamente forte ("céticos", vão discordar sobre o último ponto).

Poderíamos resumir mais ou menos o problema assim:

-Se a precognição é verdade, então todos esses eventos futuros conhecidos por precognição estão já determinados com antecedência ( caso contrário, não há pre-conhecimento real e presente deles que pudesse ser possível por precognição ou outros meios).

- Se estes eventos são determinados antecipadamente, então o livre-arbítrio não existe (porque a "vontade" é determinado por  antecipação  também ).

- Precognição é verdade.

- Portanto, o livre arbítrio não existe.

A conclusão é contra-intuitiva. Além disso, se for verdade, a responsabilidade moral é destruída. Mesmo o raciocínio lógico e a ciência são destruídos (por causa de suas crenças seria determinado antecipadamente muito e você mantê-los devido a que determismo não, porque eles estão em conformidade com os cânones válidos da lógica e da evidência). Nós seríamos meros autômatos, com a ilusão de ter livre arbítrio.

Minha opinião preliminar é que o modelo molinístico de Craig fornece uma maneira de sair desta situação. Modelo de Craig é relevante para a teologia, mas, na minha opinião, é também relevante para a parapsicologia e o problema da precognição e da liberdade humana ( note que o argumento mencionado acima é o mesmo, independentemente de precognição ser atribuída a Deus ou aos seres humanos: a questão toda é que se ela existir, a liberdade humana parece ser ilusória ).

Eu não posso resumir modelo de Craig ainda, porque para ser honesto com você, eu não compreendo totalmente o que é (eu só comecei a ler seu livro), e Não sei se é correto ou mais plausível do que as alternativas. Tenho que explorar outras possibilidades também, a fim de fazer a minha ideia sobre este assunto. Mas desde que eu sou um crente no livre-arbítrio (como pré-condição da minha moralidade e racionalidade), eu sou simpático antecipadamente a qualquer modelo que faça a precognição ( e/ou a Onisciência Divina ) compatível com o livre-arbítrio. Terei mais a dizer sobre este problema no futuro.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

VLC Toca Tudo Mesmo...



Que o VLC é um programa versátil para tocar multimídia, isso todo mundo já sabe.

O que muita gente não sabe é que esse programa de código aberto pode também abrir arquivos *.mid  / *.midi ( o protocolo de sequenciamento digital de música por excelência ) e até de extensões mais "obscuras" como *.spc (musicas ripadas do Super Nintendo).


Tocando *.spc no VLC:

Não há nenhum segredo, é só baixar a trilha sonora de seus jogos favoritos em *.spc e abrir no VLC ( ISSO SE ESTIVER SENDO USADO NO WINDOWS ). No linux, isso depende um pouco da distro, enquanto algumas usam o plugin "GStreamer's Bad " outras se valem de plugins do Amarok, XMMS (sexyspc) e Audacious ( Game_Music_Box ).





Para Tocar midi no VLC:

NO WINDOWS:

1º Abra o VLC e Clique no menu "Ferrementas >> Preferências".

2º Na janela das preferências, clique na opcão "Exibir configurações : Detalhado", no canto inferior esquerdo.

3º Na tela seguinte, Clique em "Codecs de Áudio >> FluidSynth"


4º Clique em "Procurar..." e selecione um arquivo soundfont, que será o "filtro sintetizador digital" dos seus Midis. Geralmente um soundfont está no formato *.SF2 ou *.DLS , se você não encontrar assim mesmo, existem várias gratuitas na internet, como esta.

5º Em seguida, copie o Soundfont para sua pasta do VLC, selecione-o, e clique "sim" na janela de diálogo que aparecerá. Por fim, clique em "Salvar" e desfrute de seus midis no VLC.

NO LINUX:

Instale o pacote "vlc-fluidsynth" - por exemplo, num Debian / Ubuntu pode-se abrir um terminal e digitar:

# apt-get install vlc-fluidsynth

A quem divulgou o post, valeu a força.