segunda-feira, 29 de julho de 2013

E02 - Um possante motor de jogos de código aberto

           Muitos jogos marcaram gerações por seu enredo peculiar e mecânicas inovadoras - e arregimentaram uma legião de fãs dos quais muitos criaram mini-jogos em homenagem, que contudo, não tem uma qualidade minimamente comparável aos da saga original. Sonic The Hedegehog da Sega (e os jogos que vieram logo a seguir com o icônico personagem azul ) é, talvez, o exemplo mais emblemático desse dilema.
          Porém as exceções existem - e o primor nelas observado impede que elas sejam simplesmente ignoradas - uma delas é a Demonstração da Engine de Renderização E02 estrelada por Sonic, Tails e Knuckles, que pode ser conferida nas fotos e videos abaixo. Tanto o joguinho demonstrativo quanto a engine - ambos de código aberto- foram criados por Stealth, um sujeito famoso no círculo fangamer, e que também coordenou a criação do fabuloso hack Sonic the Hedgehog Megamix.
















Ah, e o Sonic usa InstaShield aqui, só não mostrei pq não deu pra tirar o print =P

Para instalar esse jogo baixe a engine, descompacte e tente instalar o jogo através da própria.

Se preferir fazê-lo manualmente: 

Baixe o pacote do jogo, descompacte e coloque o arquivo *.gdf 
na subpasta "gdf " que fica dentro da engine(pasta "e02win", ou a equivalente para seu sistema operacional),
e deixe a pasta de mesmo nome do jogo dentro da pasta geral da engine.

Boa Jogatina!




E Pra quem não quer developar FanGame de Sonic...








terça-feira, 16 de julho de 2013

Fazendo Jus ao título deste Blog: A Loucura segundo Erasmo

Texto original de  , do Itinerário Interno.

O Elogio da Loucura é um livro de Erasmo de Rotterdam, um humanista e teólogo que viveu durante a idade média, este livro é um ensaio escrito em 1509 e publicado em 1511. Esta obra é uma total sátira a sociedade dos séc. XV e XVI, Erasmo tinha por objetivo fornecer uma nova visão eclesiástica e renovar a igreja, pois tentou mostrar a sociedade um espelho de si mesma, porém seu escrito acabou tornando-se atemporal.
O Elogio da Loucura é um livro de Erasmo de Rotterdam, um humanista e teólogo que viveu durante a idade média, este livro é um ensaio escrito em 1509 e publicado em 1511. Erasmo nasceu em 1465 na cidade de Rotterdam, Holanda. Foi um intelectual que viveu em um convento onde se entregou aos vários clássicos da literatura greco-latina e ao mais diversos autores da Idade Média, sua época. Ordenado padre, teve contato com padres, bispos, papas, reis, cardeais, etc. Foi amigo de Thomas Morus, amigo a quem ele dedicou o prefácio de O Elogio da Loucura.

Holbein-erasmus2.jpg

“Foi pelo fato de ter pensado, no início, em teu próprio sobrenome Morus, tão próximo ao da Loucura (Moria), quanto realmente longe dela estás e, certamente, é seu maior adversário, segundo o conceito que em geral dela se tem.” (carta a Thomas Morus)

Erasmo era cristão, porém com uma visão além de seu tempo para ver as falhas que existiam no fanatismo religioso e na opressão causada pela igreja católica, não esqueçam que ele era teólogo, e dos bons. Ele foi um dos responsáveis pelos pensamentos críticos da sociedade da época que foi base da Reforma Protestante. Agora vamos ao livro... Erasmo de Rotterdam não faz uma crítica apenas à religião fanática, mas também a muitos comportamentos e pensamentos da sociedade, não apenas da sociedade da época, mas de um modo completamente atemporal, já que o maus costumes humanos não são perdidos.

O Elogio da Loucura

elogio da loucura.jpg

Segundo o Aurélio, a loucura é definida como um estado ou condição de louco, de insanidade mental.
Buscando na internet achei esta definição: “A loucura ou insânia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psiquiatria clínica.”

O Elogio da Loucura é uma total sátira a sociedade dos séc. XV e XVI, onde ele tinha por objetivo fornecer uma nova visão eclesiástica e renovar a igreja, pois tentou mostrar a sociedade um espelho de si mesma. Seu escrito acabou tornando-se atemporal, pois se você ler O Elogio da Loucura hoje, ainda verá uma sociedade vivendo com os mesmos males e problemas de séculos atrás, a hipocrisia e a perda dos valores da vida ainda são constantes. 

A loucura, como a definição gramatical, é a insanidade mental, porém ele não define esse termo ao pé da letra, como uma condição humana que podemos adquirir, ele trata a loucura de uma forma externa ao homem, e o homem só será louco se desejar ser.

Em seu livro ele criou a "Deusa da Loucura", um divindade que metaforicamente é responsável por todos esses maus comportamentos humanos, ela se auto elogia de ser a única forma de fazer o homem sentir-se bem perante seus atos que afrontariam e afrontam as demais divindades, como a luxuria, o fanatismo, etc. A Loucura é filha de Plutão, ela conta sua origens neste trecho:

“Nasci de Plutão(...). Meu pai foi um Plutão ainda robusto, cheio do calor da juventude, e não somente por sua juventude, mas também, sem dúvida, pelo néctar que acabara de sorver avidamente ao goles no banquete dos deuses” (VII – A Origem da Loucura).

A Deusa da Loucura dá ao homem tudo o que ele quer e pode fazer, ela afronta o outros deuses que disponibilizam apenas "alguns favores" a humanidade. Por exemplo, seguindo os preceitos cristão o homem deve ser bom e evitar ao máximo ser corrompido com os devaneios da vida, a loucura entra nesse ponto, ela é a desordem e protege o homem por ter cometido tais atos, a Loucura exerce um poder que não é tirânico nem ditador, a Loucura é a própria alegria...o próprio delírio onde o homem eternamente encontrará o seu conforto. Neste post vou deixar alguns trechos e alguns comentários das partes que mais me chamaram a atenção durante esta leitura.

“Não ponho a máscara como aqueles que pretendem representar um papel de sábios e andam desfilando como macacos vestidos de púrpura e como asnos com peles de leão. Que se vistam com disfarces quando quiserem que suas orelhas sobressalientes sempre revelarão um Midas oculto.” (Capítulo V – A Sinceridade da Loucura)


O interessante da abordagem feita referente a Loucura é de que ela é a verdadeira Verdade, não há por que negar seus atos e sua verdadeira função perante à vida, os homens consideram a Loucura uma total insanidade para fugir de sua responsabilidades, é por este motivo que ela se auto elogia, pois o homem não a considera, por mais que esteja precisando dela durante cada segundo de sua vida. Este sentimento raiva da Loucura perante a atitude humana é mostrada neste trecho:

“Não posso deixar de registrar meu espanto pela ingratidão dos homens, ou por suas indiferenças. Todos há séculos gozam de minhas benesses, mas nunca houve um só homem que testemunhasse seu reconhecimento e elogiasse a Loucura.” (Cap. III – A Loucura se Auto- Elogia) .

Segundo a própria Loucura, ela é responsável pela perpetuação da espécie humana, pois as pessoas agem sem razão perante seus atos, que para nós são realizados com ávida consciência de que aquilo é o certo e melhor para si e para os outros. Esse foi um dos trechos mais satíricos que pude conferir no livro, interessante ver que ela trata a Irreflexão também como uma divindade e sendo sua serva:

“(...) Qual mulher haveria de procurar um homem, se refletisse melhor sobre os perigos inerentes ao fato de colocar um filho no mundo e criá-lo? Como vós deveis a vida ao casamento, deveis o casamento à minha serva, a Irreflexão.” (Cap. XI – A Loucura Perpetua a Espécie Humana). 

É muito comum fazermos uma relação entre velhice e sabedoria, mas por que fazemos isso? Desde que criança vemos os grandes sábios da história em uma imagem típica, onde estão debruçados em livros ou em pensamentos vagam pelo mundo, são idosos que cultivam cabelos e barbas brancas como nuvens. Ao tratar deste assunto todo teremos algum intelectual em mente que colaboraram para mudar os pensamentos da humanidade ao longo dos séculos, como: Platão, Aristóteles, Galileu, Darwin, Nietzsche, Arquimedes, Da Vinci, Michellangelo, a assembleia dos anciões da Grécia Antiga, etc.

 Além desta imagem de velhice associada a sabedoria, ainda nos vem em mente uma reclusão social e dificuldade de relacionamento em que intelectuais se encontram. Segundo a Loucura, esses homens não a veneram, vivem totalmente a parte de seus benefícios e é por este motivo que a Loucura os critica, mais adiante no livro ela ainda trata a respeito das fraquezas que poderiam existir em um governo tecnocrata.

“Não observais por acaso, a pessoa melancólicas, mergulhadas na filosofia e nas dificuldades de suas ocupações, quase toda envelhecidas sem antes gozar de sua juventude.” (XIV – A Loucura Prolonga a Vida).

Que criatura no mundo pode ser mais louca que a mulheres? Eu mesma, que vos escrevo este texto sou uma, e a própria Loucura é mulher. Por que nos autodenominar loucas? Assim como já escrevi anteriormente: que mulher se entregaria ao matrimônio e a maternidade sem antes refletir sobre tudo, aguentar indiferenças constantes e as dores do parto, a infância e a juventude rebelde dos filhos ou a perda de sua liberdade? Não vou generalizar, pois nem todas as relações são deprimentes, mas nós, mulheres, bem sabemos tirar proveito de todas as bênçãos da Loucura. A mulher vive em um reino de fantasias, ludibriada coloca seus sonhos em um casamento... Um vestido branco... Um buquê... A utópica vida a dois... A mulher é fortemente ligada à simbologia da pureza. No fim, nós mulheres do séc. XXI, ainda muito nos comparamos com as tais Mulheres de Athena de Chico Buarque que “Vivem para os seus maridos”.

“As mulheres poderiam se irritar comigo por lhes atribuir a Loucura, comigo que sou mulher também e a própria Loucura? Certamente que não. Observando bem, é esse dom da loucura que lhes permitem serem, sob muitos aspectos, mais felizes que os homens.” (XVII – A Loucura Torna as Mulheres Amáveis).

Segundo a Loucura “Para viver como homem é preciso abster-se de sabedoria”, e como exemplo ela cita Sócrates que foi condenado a beber cicuta, devido ter sido culpado de tanta sabedoria que afrontou os princípios de sua sociedade, perdeu-se em estudos e esqueceu o mundo ao seu redor. No capítulo XXIV a Loucura faz uma crítica há um governo tecnocrata, ela cita e critica a máxima de Platão:
“Felizes das repúblicas cujos filósofos fossem governantes ou cujos governantes fossem filósofos”.

A intolerância desta Deusa é devido ela ser deixada de fora durante um governo com tal princípio político, pois somente haveria espaço para racionalidades e filosofia, já que os filósofos são seus maiores inimigos. Veja o trecho de suas críticas:

“...O pior governo sempre foi aquele de alguém versado em filosofia ou em literatura. A exemplo dos dois Catão, a meu ver, é inclusivo; um colocou praticamente a República de ponta cabeça por suas extravagantes denúncias. O outro ao defender com excessiva sabedoria e liberdade do povo romano, acabou por compromete-lo definitivamente.” (XXIV – A inferioridade da Sabedoria do governo).

Em um governo sábio não haverá espaço para a política de pão e circo, e se não há circo não há entretenimento, e se não há entretenimento... Não haverá Loucura. Mais uma vez a Loucura critica a Sabedoria, maldita figura intrometida em seus afazeres cotidianos, esta semideusa sempre buscando mostrar a realidade ao humanos e a eles propor sofrimentos e angústias.

A sabedoria mostra ao homem a realidade e frente a ela ele não mais consegue retornar ao seu ponto inicial, é como a caverna de Platão, ele muito busca desprender-se do meio comum, mas ao conhecer além, ele não sabe o que fazer, então o que lhe resta e vagar pelo mundo lamentando sua sorte que outrora foi seu maior desejo como o misantropo Timon do deserto.

“Convidai um sábio a um banquete e vereis que se tornará um estraga prazeres por seu melancólico silêncio ou por suas importunas dissertações. Convidai a um baile e haverá de dançar como um camelo que corcoveia. Levai a um espetáculo e bastará seu aspecto para silenciar o povo que diverte, obrigando os organizadores a retirá-lo, como ocorreu com Catão que não conseguiu se desfazer de seu ar carrancudo” (XXV- A Inferioridade da Sabedoria na Vida do Homem).

Então não seria a Loucura o principal meio de alcançar a verdadeira sabedoria? Na verdade nós, humanos, não sabemos qual é a sabedoria que precisamos, se é aquela de intelectuais contida de manuscritos remotos até era da digitalização ou a sabedoria proveniente no conhecimento do mundo como um ser humano dotado de liberdade e curiosidade. Nossas obrigações nós impõem inevitavelmente a hesitação para toda e qualquer ação por medo de errar em algum ponto e é este medo que ao mostrar o perigo, nos impede da ação.

Somente a loucura pode nos privar de tal pensamento negativo, e, somente com ela poderemos alcançar a verdadeira felicidade e/ou a vida que buscamos, a partir de tentativas impulsivas conhecemos a realidade do mundo ao redor. O louco é guiado pelas paixões e o sábio pelas razões, as paixões nos ferem, mas são elas que nos movem para inúmeros aprendizados, nossa paixão refletida no amor, na família, na profissão, etc. Basta analisar que se somente seguirmos a razão mais em frente veremos que nossa vida foi baseada em um ideal falso, apenas para fazer parte do todo.

“De tanto perseguir os animais selvagens e de alimentar-se de suas carnes, os caçadores acabam se assemelhando a eles. Não obstante, acreditam levar uma vida de reis.” (XXXIX – Várias Forma de Loucura) “O sábio se refugia nos livros antigos e nele só aprende frias abstrações. O louco, ao enfrentar a realidade e os perigos, adquire a meu ver, o bom senso.” (XXIX – A Verdadeira sabedoria é a Loucura). 

Como já disse na primeira parte deste texto, Erasmo foi conhecido pela grande crítica que fez ao clero e a burguesia, por mais que ele fosse um teólogo amplamente respeitado e desejado pelo Vaticano. Quem ler este livro sem antes ler sobre Erasmo, provavelmente vai achar que foi escrito por um rebelde agnóstico ou ateu, pois suas críticas à religião são espontâneas e claras perante a realidade da época, que com o passar do tempo tornou-se atemporal.

Na minha opinião as abordagens que analisam o fanatismo religioso são sem dúvida os mais interessantes devido ao satírico que ele emprega em sua escrita. Veja este trecho onde ele critica a rezas e as indulgencias:

“O que dizer daquele que alimenta de fórmulas mágicas e de orações inventadas por um piedoso impostor, vaidoso ou ávido, por meio das quais se promete riquezas, honras, prazeres, abundância, saúde sempre sólida, viçosa velhice e, para encerrar, uma cadeira no paraíso, junto ao lado de Cristo! (...) Quem é mais feliz do que aqueles que recitam todos os dias os sete versículos dos Salmos pensando desse modo alcançar a felicidade dos eleitos? Ora, esses versículos mágicos teriam sidos revelados por um demônio, por brincadeira a São Bernardo.” (XL – Os Supersticiosos).

Gostou desta obra magnífica e atemporal? Deixei aqui apenas alguns comentários referentes a alguns trechos do livro, creio que você vai se deliciar com o restante desta obra, então... Boa leitura!

NOTA MISERÁVEL:

Dei uma lida nessa obra do holandês e, como não podia deixar de acrescentar que Erasmo foi um dos patronos da Reforma Protestante, que devido aos seus ideais libertários, teve até mesmo uma discórdia acalorada com ninguém menos que Lutero, o principiador da Reforma. Daí o fato de ter soado parecido com um subeversivo agnóstico/ateu. Sua proposta de uma Igreja hospitaleira e tolerante poderia ter marcado para melhor o legado cristão no Ocidente, mas infelizmente tal proposta se perdeu parcialmente na história.

Por que o Darwinismo está Errado - Alvin Platinga

Alvin Plantinga em "Por Que o materialismo darwinista está errado: Uma revisão do livro do filósofo ateu Thomas Nagel, 'Mente e Cosmos' "


Alvin Plantinga

Thomas Nagel


Por Jime Sayaka, do Subversive Thinking.

Thomas Nagel é um filósofo ateu de excepcional honestidade intelectual e integridade. Em desacordo com outros naturalistas científicos, Nagel não é acrítico nem crédulo quando se trata de problemas do materialismo e do darwinismo. Pelo contrário, ele explicitamente submete essas premissas metafísicas moda do ateísmo contemporâneo às críticas filosóficas rigurous. (Por favor, leia este post sobre Nagel, wishful thinking ateu eo "medo de Deus" ).

Nagel chocou a comunidade filosófica com seu recente livro, "Mind and Cosmos", no qual ele argumenta que a concepção materialista neo-darwinista da natureza é provavelmente falsa.

Filósofo Alvin Plantinga escreveu uma resenha desse livro, publicado no site "New Republic" :

Por que o materialismo darwinista está errado
por Alvin Plantinga

De acordo com um consenso semi-estabelecido entre a elite intelectual no Ocidente, não existe alguém como Deus ou qualquer outro ser sobrenatural. Vida em nosso planeta surgiu por meio de mal-entendido, mas processos completamente naturalistas envolvendo apenas o funcionamento da lei natural.Deu a vida, a seleção natural assumiu, e produziu toda a enorme variedade que encontramos no mundo dos vivos. Os seres humanos, como o resto do mundo, são objetos materiais através de e, eles não têm alma ou ego ou auto de qualquer tipo imaterial.No fundo, o que existe em nosso mundo são as partículas elementares descritos na física, juntamente com as coisas compostas dessas partículas.

Eu digo que isso é um consenso semi-estabelecida, mas é claro que existem algumas pessoas, cientistas e outros, que discordam. Há também agnósticos, que não detêm parecer uma forma ou de outra em uma ou outra das teses acima. E há variações sobre os temas acima, e também abriga a meio caminho de um tipo ou outro. Ainda assim, em geral essas são as opiniões de acadêmicos e intelectuais na América agora. Chame essa constelação de pontos de vista naturalismo ou científica não chamá-lo assim, já que não há nada particularmente científica sobre isso, exceto que aqueles que defendem que tendem a envolver-se na ciência como um político na bandeira. Por qualquer nome, no entanto, poderíamos chamá-lo a ortodoxia da academia ou se não a ortodoxia, certamente a opinião da maioria.

O eminente filósofo Thomas Nagel chamaria isso de outra coisa: um ídolo da tribo acadêmico, talvez, ou uma vaca sagrada: "Acho que este ponto de vista antecedentemente inacreditável, um triunfo heróico da teoria ideológica sobre o senso comum. ... Eu estaria disposto a apostar que o consenso atual direito do pensamento virá a parecer ridículo em uma ou duas gerações "Nagel é um ateu;. Mesmo assim, porém, ele não aceita o consenso anterior, que ele chama de naturalismo materialista, longe a partir dele. Sua nova e importante livro é uma breve mas poderosa assalto naturalismo materialista.

NAGEL não tem medo de assumir posições impopulares, e ele não se importar com a vergonha que se passa com esse território. "No atual clima de um naturalismo científico dominante", escreve ele, "fortemente dependente de explicações darwinistas especulativas de praticamente tudo, e armados até os dentes contra ataques de religião, eu pensei que seria útil para especular sobre possíveis alternativas. Acima de tudo, eu gostaria de estender os limites do que não é considerado impensável, tendo em vista o quão pouco nós realmente entendemos sobre o mundo. "Nagel endossou as conclusões negativas do movimento do design inteligente muito criticado, e ele tem defendido -lo da acusação de que ele é inerentemente não-científico. Em 2009, ele chegou até a recomendar o livro de Stephen Meyer Assinatura na Célula: DNA ea Evidência do Design Inteligente , uma declaração emblemática do Design Inteligente, como um livro do ano. Para aquele pedaço de blasfêmia Nagel pagou o preço previsível, ele se dizia ser arrogante, perigoso para as crianças, uma desgraça, hipócrita, ignorante, mente poluentes, repreensível, estúpido, não científico e, em geral menos de um cidadão totalmente íntegro do república das letras.

Seu novo livro, provavelmente, provocará denúncias semelhantes, exceto para o ateísmo, Nagel rejeita quase todas contenção do naturalismo materialista. Mind and Cosmos rejeita, em primeiro lugar, a alegação de que a vida passou a ser apenas o funcionamento das leis da física e da química. Como Nagel aponta, isso é extremamente improvável, pelo menos dada a evidência atual: ninguém sugeriu qualquer processo razoavelmente plausível pelo qual isso poderia ter acontecido. Como observa Nagel, "É uma hipótese que rege o projeto científico, em vez de uma hipótese científica bem confirmada."

A segunda plataforma do naturalismo materialista que Nagel rejeita é a ideia de que, uma vez que a vida foi estabelecida em nosso planeta, toda a enorme variedade da vida contemporânea veio a ser por meio dos processos de ciência evolutiva nos diz sobre: seleção natural operando em mutação genética, mas também a deriva genética e, talvez, bem, de outros processos. Esses processos, além disso, são unguided (não orientados): nem Deus nem qualquer outro ser já dirigiu ou orquestrou eles. Nagel parece um pouco menos duvidoso desta prancha que do primeiro, mas ainda assim ele pensa que é incrível que a diversidade fantástica da vida, incluindo os seres humanos, deveria ter vindo a ser da seguinte forma: "Quanto mais detalhes do que aprendemos sobre o produto químico base da vida e da complexidade do código genético, o mais inacreditável o relato histórico padrão torna-se ". Nagel admite a visão do senso comum de que a probabilidade de isso acontecer no tempo disponível é extremamente baixo, e ele acredita que nada como evidência suficiente para derrubar este veredicto foi produzido.

Até agora Nagel parece-me ir bem no alvo. A probabilidade, em relação à nossa evidência atual, que a vida tem de alguma forma vir a ser a partir de não-vida apenas pelo funcionamento das leis da física e da química é muito pequena. E, dada a existência de uma forma de vida primitiva, a probabilidade de que todos os actuais variedade de vida deveria ter vindo a ser por evolução não dirigida, embora talvez não tão pequeno, é, no entanto minúscula.Estas duas concepções do naturalismo materialista é muito provável falso.

Mas, dirá alguém, o improvável acontece o tempo todo. Não é de todo improvável que algo improvável aconteça. Considere um exemplo. Você joga a borracha da ponte, envolvendo, por exemplo, cinco ofertas. A probabilidade de que os cartões devem cair, assim como eles fazem para esses cinco negócios é pequeno, algo como um em cada dez à potência 140. Ainda assim, eles fizeram. Certo. Foi o que aconteceu. O improvável, de fato, acontece. Em qualquer loteria justa, cada bilhete é improvável que ganhar, mas é certo que um deles vai ganhar, e por isso, é certo que algo improvável vá acontecer. Mas como isso é relevante no contexto atual? Em um acesso de otimismo desenfreado, eu afirmo que vou ganhar o Prêmio Nobel em química. Você muito sensatamente salientar que esta é extremamente improvável, uma vez que eu nunca estudou química e não sabe nada sobre o assunto. Eu podia defender minha crença, salientando que o improvável acontece regularmente? Claro que não: você não pode de forma sensata realizar uma crença de que é improvável em relação a todas as suas provas.

NAGEL GOES ON: ele acha que é especialmente improvável que a consciência e a razão deve vir a ser se o naturalismo materialista é verdade. "A consciência é o obstáculo mais evidente para um naturalismo abrangente que depende apenas dos recursos da ciência física." Por que isso? O ponto de Nagel parece ser que a ciências físicas, física, química, biologia, neurologia-não pode explicar ou explicar o fato de que nós, seres humanos e, presumivelmente, alguns outros animais são conscientes. A ciência física pode explicar as marés, e por que as aves têm ossos ocos, e por que o céu é azul, mas não pode explicar a consciência.A ciência física pode talvez demonstrar correlações entre as condições físicas de um tipo ou outro e estados conscientes de uma forma ou de outra, mas é claro que isso não é para explicar a consciência. A correlação não é explicação. Como Nagel coloca, "O surgimento de consciência animal é evidentemente o resultado da evolução biológica, mas esse fato empírico bem suportado ainda não é uma explicação, ele não fornece a compreensão, ou permitir-nos ver por que o resultado já era esperado ou como ele surgiu. "

Nagel fica próximo a sua atenção para a crença e cognição: "o problema que eu quero levar até agora diz respeito a funções mentais, como pensamento, raciocínio e de avaliação que são limitadas para os seres humanos, apesar de suas origens podem ser encontradas em algumas outras espécies." Nós, seres humanos, e talvez alguns outros animais não são apenas conscientes, que também possuem crenças, muitos dos quais são de fato verdadeiras. Uma coisa é sentir dor, é outra bem diferente é acreditar, por exemplo, que a dor pode ser um sinal útil de disfunção. De acordo com Nagel, o naturalismo materialista tem grande dificuldade com a consciência, mas tem dificuldade ainda maior com a cognição. Ele acha que monumentalmente pouco provável que a seleção natural não guiados deveria ter "gerado criaturas com a capacidade de descobrir pela razão a verdade sobre uma realidade que se estende muito além das aparências iniciais." Ele está pensando em particular da própria ciência.

A seleção natural está interessada no comportamento, não na verdade da crença, exceto quando esta última está relacionada ao comportamento. Assim, admitir para o momento que a seleção natural pode, talvez, ser esperado para produzir criaturas com faculdades cognitivas que são confiáveis quando se trata de crenças sobre o ambiente físico: crenças, por exemplo, sobre a presença de predadores, ou alimentos, ou potenciais companheiros. Mas o que sobre as crenças que vão muito além de qualquer coisa com valor de sobrevivência? E quanto a física, ou neurologia, ou a biologia molecular, ou a teoria da evolução? Qual é a probabilidade, dado o naturalismo materialista, que nossas faculdades cognitivas deve ser confiável nessas áreas? É realmente muito pequeno. Segue-se em uma maravilhosa ironia, que um naturalista materialista deve ser cético sobre a ciência, ou pelo menos sobre as partes que abrangem áreas distantes da vida cotidiana.

Isso certamente parece certo, e talvez possamos ir ainda mais longe. Talvez não seja inicialmente implausível pensar que a seleção natural não guiados poderia ter produzido criaturas com faculdades cognitivas que são confiáveis sobre assuntos relevantes para a sobrevivência e reprodução. Mas o que dizer de crenças metafísicas, como o teísmo, ou determinismo, ou o materialismo ou o ateísmo? Tais crenças têm pouca influência sobre o comportamento relacionado com a sobrevivência e reprodução, e a seleção natural não guiada não poderia me importar menos sobre eles ou seu valor de verdade. Afinal de contas, é apenas o membro ocasional da Sociedade Humanista jovem cujas perspectivas reprodutiva são reforçadas por aceitar o ateísmo. Dado o naturalismo materialista, a probabilidade de que minhas faculdades cognitivas são confiáveis no que diz respeito às crenças metafísicas seria baixa. Portanto, tome qualquer crença metafísica que tenho: a probabilidade de que ela é verdadeira, dado o naturalismo materialista, não pode ser muito acima de 0,5.Mas é claro que o naturalismo materialista é em si uma crença metafísica. Então, o naturalista materialista deve pensar que a probabilidade de o naturalismo materialista é de cerca de 0,5. Mas isso significa que ela não pode sensatamente acreditar em sua própria doutrina. Se ela acredita, ela não deveria acreditar. Desta forma, o naturalismo materialista é auto-destrutivo.

II.
O CASO NEGATIVO que Nagel faz contra o naturalismo materialista, parece-me ser forte e persuasivo. Eu tenho a reserva ocasional. A maioria dos materialistas aparentemente acreditam que os estados mentais são causadas por estados físicos. De acordo com Nagel, no entanto, o naturalista materialista não pode parar por aí. Por que não? Porque a idéia de que existe uma conexão tão causal entre o físico eo mental não explica a ocorrência do mental em um mundo físico. Não faz o inteligível mental. Ele não mostra que a existência do mental é provável, dado o nosso mundo físico.

Alguns materialistas, no entanto, procuram contornar esta dificuldade, o que sugere que existe algum tipo de conexão lógica entre estados físicos e estados mentais. É uma verdade logicamente necessária, dizem eles, que, quando um determinado estado físico ocorre, um certo estado mental também ocorre. Se isso for verdade, então a existência do mental é certamente provável, dado o nosso mundo físico, na verdade, a sua existência é necessária. Se Nagel sugere que existem essas conexões necessárias. Então, isso não seria suficiente para tornar inteligível a ocorrência do mental em nosso mundo físico?

Eu suspeito que a resposta seria não. Talvez a razão seria que não podemos apenas ver essas necessidades alegados, na forma como nós podemos apenas ver que 2 +1 = 3. Essas conexões necessárias postulados não são auto-evidentes para nós. E a existência do mental seria compreensível se essas conexões eram evidentes.Mas isso não é um pouco forte demais? Por que pensar que o mental é inteligível, compreensível somente se houver conexões necessárias auto-evidentes entre o físico eo mental? Isso não exige muito? E se inteligibilidade exige esse tipo de conexão entre o físico eo mental, porque acho que o mundo é inteligível, nesse sentido muito forte?

Agora você pode pensar que alguém com visão de Nagel seria simpático ao teísmo, a crença de que existe uma pessoa como o Deus das religiões abraâmicas. Naturalismo materialista, diz Nagel, não pode explicar o surgimento da vida, ou a variedade que encontramos no mundo dos vivos, ou consciência, ou cognição, ou a mente, mas o teísmo não tem contabilidade problema para qualquer um desses. Quanto à vida, o próprio Deus é viva e, de uma forma ou de outra criou a vida biológica a ser encontrado na Terra (e talvez em outros lugares também). Quanto à diversidade da vida: Deus fez isso acontecer, seja através de um processo guiado de evolução ou de alguma outra forma. Quanto à consciência, mais uma vez o teísmo não tem nenhum problema: de acordo com o teísmo a realidade fundamental e básica é Deus, que é consciente. E o que dizer da existência de criaturas com a cognição ea razão, criaturas que, como nós, são capazes de investigação científica do nosso mundo? Bem, de acordo com o teísmo, Deus nos criou seres humanos à sua imagem; parte de ser à imagem de Deus (Aquino achava que a parte mais importante) é ser capaz de saber algo sobre nós mesmos e do nosso mundo e do próprio Deus, assim como Deus faz. Assim, o teísmo implica que o mundo é realmente inteligível para nós, mesmo que não completamente inteligível em sentido glorificado de Nagel. Na verdade, a ciência empírica moderna foi alimentada no seio do teísmo cristão, o que implica que existe uma certa correspondência ou ajuste entre o mundo e as nossas faculdades cognitivas.

Dado o teísmo, não há nenhuma surpresa em tudo que deveria haver criaturas como nós, que são capazes de física atômica, a teoria da relatividade, mecânica quântica, e assim por diante. Naturalismo Materialista, por outro lado, tal como ressalta Nagel, tem grande dificuldade em explicar a existência de tais criaturas. Por esta e outras razões, o teísmo é muito mais acolhedor para a ciência do que o naturalismo materialista. Assim, o teísmo parece ser uma alternativa natural ao Nagel naturalismo materialista rejeita: ela tem virtudes, onde o último tem vícios, e podemos, portanto, esperar Nagel, pelo menos, por estes motivos, para ser solidário com o teísmo.

Infelizmente (pelo menos para mim), Nagel rejeita o teísmo."Confesso a uma suposição infundada de minha autoria, em não encontrá-lo possível considerar o projeto alternativo [ie, o teísmo] como uma opção real. Falta-me o divinitatis sensus que permite de fato, obriga muitas pessoas a ver no mundo a expressão de propósito divino. "Mas não é apenas isso Nagel é mais ou menos neutro sobre o teísmo, mas não tem que divinitatis sensus. Em The Last Word, que apareceu em 1997, ele ofereceu um relato sincero de suas inclinações filosóficas:
Estou falando de algo muito mais profundo, ou seja, o medo da própria religião. Falo por experiência própria, sendo fortemente sujeitos a esse medo mim mesmo: Eu quero ateísmo para ser verdade e me fez inquieto pelo fato de que algumas das pessoas mais inteligentes e bem informadas que eu conheço são crentes religiosos .... Não é só que eu não acredito em Deus e, naturalmente, espero que eu estou bem na minha crença. É que eu espero que Deus não existe!Eu não quero que haja um Deus, eu não quero que o universo seja assim.
Aqui vemos desconforto e angústia ao pensar que pode haver um ser como Deus, mas este desconforto parece mais emocional do que filosófica ou racional.

Então, há um problema estritamente filosófico com o teísmo, de acordo com Nagel? Tanto quanto eu posso ver, a principal objeção substantiva que ele oferece é um apelo para uma noção de unidade. A visão de mundo de sucesso vai ver o mundo como inteligível e inteligibilidade, como Nagel concebe, envolve um alto grau de unidade. O mundo só é inteligível se não há quebras fundamentais, só se ele não contém fundamentalmente diferentes tipos de coisas. Descartes, o grande dualista, pensou que o mundo apresenta dois tipos bem diferentes de coisas: a matéria e o espírito, não redutíveis um para o outro. Nagel rejeita esse dualismo: o motivo é apenas que esse dualismo não garante a unidade necessária para ser inteligível do mundo.

No entanto, não há qualquer razão para pensar que o mundo realmente é inteligível neste sentido tão forte, nenhuma boa razão para pensar que não é fundamentalmente apenas um tipo de coisa, com tudo sendo um exemplo desse tipo, ou redutível a coisas que são? Aqui, três considerações parece ser necessárias. Primeiro, precisamos saber mais sobre esse requisito: o que é dizer que, fundamentalmente, não é apenas um tipo de coisa? Não é óbvio que esta é para ser entendido. Não existem muitos tipos diferentes de coisas: casas, cavalos, falcões, e serrotes? Bem, talvez eles não são fundamentalmente diferentes. Mas o que é "fundamentalmente" dizer aqui? É a idéia de que o mundo é inteligível somente se houver alguma propriedade importante que casas, cavalos, falcões, e serrotes todos compartilham? Que tipo de propriedade?

Em segundo lugar, quanto há plausibilidade a alegação de que este tipo de unidade é realmente necessário para a inteligibilidade? É evidente que não podemos afirmar que o dualismo de Descartes é literalmente incompreensível, afinal, mesmo se você rejeitá-la, você pode entendê-lo. (Quanto mais você poderia rejeitá-lo?) É verdade que o mundo é mais inteligível, em algum sentido importante de "inteligível", se ele não contém dois ou mais fundamentalmente diferentes tipos de coisas? Vejo poucas razões para pensar assim.

E em terceiro lugar, suponha que admitir que o mundo é verdadeiramente inteligível somente se ele exibe este tipo de unidade monista: por que deveríamos pensar que o mundo realmente exibição como uma unidade? Poderíamos esperar que o mundo iria exibir tal unidade, mas não há qualquer razão para pensar que o mundo vai cooperar? Suponha inteligibilidade requer esse tipo de unidade: por que achamos que o nosso mundo é inteligível em que sentido? É razoável dizer que um teísta: "Bem, se o teísmo fosse verdade, não haveria dois tipos muito diferentes de coisas: Deus, por um lado, e as criaturas que ele criou no outro.Mas isso não pode ser verdade, pois se fosse, o mundo não iria exibir o tipo de unidade necessária para a inteligibilidade "? Não teria o teísta muito adequadamente o conteúdo para renunciar a esse tipo de inteligibilidade?

III.

Chego finalmente a tese positiva de Nagel. Naturalismo materialista, ele mostra, é falso, mas o que ele propõe para colocar em seu lugar? Aqui, ele é um pouco tímido. Ele acha que pode levar séculos para elaborar uma alternativa satisfatória para o naturalismo materialista (dado que o teísmo não é aceitável), ele se contenta em propor um esboço sugestivo. Ele faz isso em um espírito de modéstia: "Estou certo de que minha própria tentativa de explorar alternativas é muito sem imaginação. A compreensão do universo como basicamente propenso a gerar vida e mente provavelmente exigirá uma mudança muito mais radical das formas familiares de explicação naturalista do que eu sou neste momento capaz de conceber ".

Há dois elementos principais para o esboço de Nagel. Há panpsychism (panpsiquismo), ou a idéia de que existe mente, ou proto-mente, ou algo parecido mente, todo o caminho. Nessa visão, a mente nunca surge no universo: ela está presente desde o início, em que até mesmo as partículas mais elementares exibir algum tipo de espírito. O pensamento não é, naturalmente, que as partículas elementares são capazes de fazer cálculos matemáticos, ou que elas são auto-consciente, mas terão algum tipo de mentalidade. Deste modo, propõe Nagel, para evitar a falta de inteligibilidade, reconhece na dualidade.

Claro que alguém pode se perguntar o quanto de um ganho não é, do ponto de vista da unidade, em rejeitar dois tipos fundamentalmente diferentes de objetos em favor de dois tipos fundamentalmente diferentes de propriedades. E, como Nagel reconhece, ainda é um problema para ele sobre a existência de mentes como a nossa, mentes capazes de compreender uma quantidade razoável sobre o universo. Podemos ver (até certo ponto, pelo menos) como objetos materiais mais complexos podem ser construído a partir de outros mais simples: objetos físicos comuns são compostos de moléculas, que são compostos de átomos, que são compostos de elétrons e quarks (neste ponto as coisas ficam menos do que totalmente transparente). Mas não temos a menor idéia de como um ser com uma mente como a nossa pode ser composta ou construída a partir de entidades menores, que têm algum tipo de espírito. Como essas mentes elementares se combinados em menos de uma mente primária?

O segundo elemento de esboço de Nagel é o que podemos chamar idéia teleology (teleologia). Ele naturalmente parece ter algo parecido com isso. Em cada fase do desenvolvimento do nosso universo (talvez possamos pensar que o desenvolvimento, como a partir do big bang), existem várias possibilidades, como o que vai acontecer a seguir. Algumas dessas possibilidades são passos no caminho para a existência de criaturas com mentes como o nosso, outras não o são. De acordo com a teleologia natural de Nagel, há uma espécie de tendência intrínseca do universo em direção a essas possibilidades que levam a mente. Ou talvez tenha havido uma tendência intrínseca do universo para os tipos de condições iniciais que levam à existência de mentes como a nossa. Nagel não elaborar ou desenvolver estas sugestões. Ainda assim, ele não deve ser criticado por isso: ele provavelmente está certo em acreditar que ele vai ter um monte de pensamento e de um longo tempo para desenvolver essas sugestões em uma alternativa realmente viável para o naturalismo materialista e teísmo.

Foi dito acima que Nagel aplaude o lado negativo do Design Inteligente, mas está em dúvida sobre a parte positiva, e encontro-me em muito a mesma posição em relação à mente e ao Cosmos. Aplaudo seu ataque formidável sobre o naturalismo materialista, mas estou dúvidoso sobre panpsychism e teleologia natural. Como Nagel vê, a mente não poderia surgir em nosso mundo se o naturalismo materialista fosse verdade, mas como ele ajuda a supor que as partículas elementares em algum sentido têm mentes? Como é que isso torná-la inteligível que deve haver criaturas capazes de física e filosofia? E da poesia, arte e música?

Quanto à teleologia natural: isso realmente faz sentido supor que o mundo em si mesmo, sem a presença de Deus, deveria estar fazendo algo que poderíamos chamar de forma sensata "com o objetivo de" alguns estados de coisas, em vez de outros, que tem como meta a realidade de alguns estados de coisas em relação a outros? Aqui, o problema não é só que isso parece fantástico, mas não faz muito sentido claro. A explicação teleológica de um estado de coisas vai se referir a um ser que visa a este estado de coisas e atos, de tal forma que para realizá-lo. Mas um mundo sem Deus não visa estados de coisas ou qualquer outra coisa. Como, então, podemos pensar dessa suposta teleologia natural?

Quando se trata de acomodar a vida ea mente, o teísmo parece fazer melhor. De acordo com o teísmo, a mente é fundamental no universo: o próprio Deus é a pessoa premier e da mente primeiro, e ele sempre existiu, e de fato existe necessariamente. Deus poderia ter desejado que houvesse criaturas com quem ele poderia estar em comunhão. Por isso, ele poderia ter criado pessoas finitas à sua própria imagem: criaturas capazes de amor, de saber algo sobre si e seu mundo, de ciência, literatura, poesia, música, arte, e tudo o resto. Dado o teísmo, o que torna eminentemente bom senso. Como Nagel aponta, o mesmo não pode ser dito sobre o naturalismo materialista. Mas o panpsychism e teleologia natural, fazer muito melhor?

A rejeição do teísmo por Nagel não parece ser fundamentalmente filosófica. Meu palpite é que essa antipatia ao teísmo é bastante amplamente compartilhada. Teísmo limita severamente a autonomia humana. De acordo com o teísmo, nós, os seres humanos também estão em melhores parceiros muito juniores do mundo da mente. Nós não somos autônomos, e não uma lei para nós mesmos, somos totalmente dependentes de Deus para o nosso estar e até mesmo para a nossa próxima respiração. Ainda mais, alguns vão encontrar no teísmo uma espécie de invasão de privacidade intolerável: Deus conhece todos os meus pensamentos, e certamente sabe o que eu vou pensar antes de eu pensar nisso. Talvez dicas deste desconforto pode ser encontrado até mesmo na própria Bíblia :

Antes de uma palavra na minha língua, você sabe que completamente, oh Senhor ....
Onde posso ir do teu Espírito?
Onde posso fugir da tua presença?
Se eu subir aos céus, você está lá;
Se faço a minha cama no inferno, você está lá.

Este desconforto com o teísmo é até certo ponto compreensível, mesmo para um teísta. Ainda assim, se Nagel seguiu suas próprias receitas e os requisitos para a filosofia som metodológicas, se ele seguisse seus próprios argumentos onde eles levam, se ele ignorou sua antipatia emocional da crença em Deus, então (ou então eu acho) que ele iria acabar um teísta. Mas onde quer que ele acaba, ele já realizou um importante serviço com a sua fulminante exame crítico de alguns dos dogmas mais comuns e opressiva de nossa época.

Alvin Plantinga é professor emérito de filosofia na Universidade de Notre Dame e é o autor, mais recentemente, de onde o conflito Really Lies: Ciência, Religião e Naturalismo (Oxford University Press). Este artigo foi publicado em 06 de dezembro de 2012 edição da revista, sob o título "A Heresia Secular."

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ken Wilber: Vida e Obra de um pensador eclético

Texto escrito por , do site Papo De Homem ( PdH ).

Percurso para uma visão integral

Ken Wilber é uma figura difícil de definir. Pensador contemporâneo com uma proposta de integrar todo o conhecimento humano, ele trabalha com ciência, filosofia, ética, espiritualidade e arte.
As contribuições wilberianas no campo da psicologia, por exemplo, tiveram tal impacto cultural que a crítica o aclamou como o “Einstein da psicologia moderna”. Com 23 livros traduzidos para mais de 30 idiomas, ele é um dos poucos autores vivos presenteados com suas “Obras completas”, em 9 volumes ao melhor estilo enciclopédico.
Nascido em Oklahoma City, EUA, em 1949, viveu em diversas cidades ao longo de sua vida já que seu pai pertencia à força aérea americana. Assim que completou o segundo grau em Lincoln, Nebrasca, começou o curso de Medicina na universidade de Duke. Logo no primeiro ano de curso perdeu o interesse pela carreira médica e começou a estudar psicologia e filosofia por conta própria. Posteriormente, voltou a Nebraska e completou um mestrado em bioquímica, abandonando em seguida a carreira acadêmica para se dedicar aos estudos e a prática da meditação.

Créditos: Felipe Cherubin.
Até 1998 Wilber era tido como uma figura arredia optando por não lecionar e não aparecer em eventos sociais. Preocupava-se estritamente em escrever e conduzir suas pesquisas. Foi nesse ano que fundou o Integral Institute para fomentar pesquisa, educação e filantropia. O Integral Institute hoje desenvolve um trabalho em 26 áreas do conhecimento humano e conta com mais de 400 pesquisadores.
Posteriormente, criou uma universidade e um centro dedicado à discussão ecumênica, atuando assim por meio de três frentes institucionais. Wilber e a equipe de assessoria política do Integral Institute trabalharam com Al Gore, Clinton, Bush e Tony Blair. Gore e Clinton, por exemplo, declararam publicamente a admiração pela obra wilberiana.
Wilber começou sua trajetória intelectual fazendo um estudo sistemático das escolas de psicologia ocidentais e das tradições de sabedoria orientais, o que deu origem ao seu primeiro livro, O Espectro da Consciência, escrito quando o filósofo tinha 23 anos. A evolução da obra escrita de Wilber é indissociável do amadurecimento do próprio filósofo, marcado por grandes rupturas, tanto teóricas quanto pessoais.

Como integrar Freud e Buda?

“I have one major rule: everybody is right. More specifically, everybody—including me—has some important pieces of the truth, and all of those pieces need to be honored, cherished, and included in a more gracious, spacious, and compassionate embrace.”
Tradução livre: “Eu tenho uma grande regra: todo mundo está certo. Mais especificamente, todo mundo – eu incluso – possui alguns importantes pedaços da verdade, e todos precisam ser honrados, valorizados e incluídos em um abraço gracioso, espaçoso e compassivo.”
Em seus primeiros estudos, Wilber chegou a um impasse. Deparou-se com Freud dizendo que para ser feliz você precisa fortalecer seu ego enquanto Buda ensinava que para ser feliz você deve, metaforicamente, morrer para o seu ego. Ou seja, duas afirmações aparentemente contraditórias. Qualquer pessoa diria que Freud está certo e Buda errado ou vice-versa.
A originalidade de Wilber está na percepção profunda desse impasse. Diante de dois gênios da humanidade, ele não conseguia aceitar que um deles pudesse estar completamente errado. A solução foi afirmar que ambos estão certos, mas parcialmente certos.
Tal insight norteou todo o pensamento wilberiano no sentido de que ninguém erra 100%, todos tem alguma contribuição para dar. Seu esforço intelectual, então, se concentrou na tarefa de como integrar as verdades parciais de quase todos os saberes da humanidade (da física à sociologia) num sistema explicativo, numa matriz que respeite a hierarquia e o senso de proporção de cada proposta.

Link YouTube | Ken Wilber fala sobre espiritualidade e ciência.

A falácia pré-trans: o paraíso está atrás ou à frente?

Wilber divide sua obra em cinco fases. A segunda e terceira fases são marcadas pelo rompimento teórico com concepções românticas em que o filósofo cometeu graves erros de interpretação, o que posteriormente ele chamou de falácia pré-trans, e por um período de isolamento em função do câncer fatal de sua esposa Treya.

Wilber identifica a falácia pré-trans em Freud, que confundiu o transpessoal com o pré-pessoal, e nos entusiastas new age, que muitas identificam traços pré-pessoais e transpessoais, como se sabedoria fosse uma questão de retornar ao mundo tribal ou virar crianças novamente.

Para Freud, o transpessoal, ou seja, a espiritualidade e as tradições religiosas eram todas epifenômenos de estados pré-pessoais, infantis. Carl Jung, no início de seus escritos fez o contrário, os arquétipos que seriam em sua maioria pré-pessoais foram elevados ao status transpessoal. Essa posição junguiana rendeu um comentário inusitado por parte do imortal da academia francesa René Girard. Em seu livro Coisas Ocultas Desde a Fundação do Mundo, o antropólogo assinala com bastante finésse essa inversão junguiana ao tratar da violência humana: “Não é Jung com seus arquétipos cheirando a água de rosas que poderá nos esclarecer sobre isso” (pág 141).

Dentro deste contexto, já desprovido de concepções românticas, Wilber entende que os “bons selvagens” viviam em estado pré-pessoal e não se viam ainda como individualidade, ou seja , não eram tão bons assim. Os povos primitivos destruíam, sim, a natureza, mas com a tecnologia de que eles dispunham a destruição era pouco expressiva. A “pureza” da criança é outro dogma romântico, pois ela ainda está de fato num estágio de pré-pessoalidade, de fusão, que interpretamos, erroneamente, como inocência. A bondade pressupõe o outro e num estágio de pré-pessoalidade você não se vê, muito menos o outro.

Assim, ao invés da visão romântica da recuperação da bondade, estamos avançando em busca da bondade, desde sempre. O desenvolvimento humano, de acordo com Wilber, segue pelos níveis pré-pessoal, pessoal e transpessoal, sendo que as concepções de tipo românticas apropriam-se de níveis pré-pessoais e os elevam ao status de transpessoais (e vice-versa).

A obra Éden: Queda ou Ascensão?, recém lançada no Brasil com tradução de Ari Raysnford, marca a ruptura definitiva com o romantismo psicológico. Wilber utiliza o conceito de dialética do progresso do filósofo alemão Jürgen Habermas e o trabalho do suíço Jean Gebser para desenvolver o arcabouço intelectual dessa nova perspectiva.

O modelo integral: para entender todas as visões da humanidade


Um mapa pra você encaixar quase todas as visões existentes (clique para ampliar)
A partir da quarta fase, reconhece-se um pensamento realmente maduro do filósofo, do qual a obra Psicologia Integral é um paradigma. É nesta fase que Wilber apresenta o Modelo Integral com seus cinco componentes: quadrantes, níveis, linhas, estados e tipos. Os quadrantes representam quatro perspectivas inatas de todos os seres sencientes: intencional (interior do indivíduo), cultural (interior do coletivo), comportamental (exterior do indivíduo) e social (exterior do coletivo).

Esse modelo integral pode ser entendido pela analogia proposta pelo maior estudioso brasileiro de Ken Wilber, Ari Raysnford“Um GPS do ser humano”.

Wilber entende que a História não se separa da noção de consciência. A dinâmica histórica começa com a pré-modernidade, da Antiguidade até a Idade Média, na qual os três domínios fundamentais da atividade humana – a estética (o belo), a ciência (o verdadeiro) e a moral (o bem) – estavam fundidas sob a esfera da religião. Com o renascimento, que dá inicio a era moderna e que Wilber chama de “a dignidade da modernidade”, houve a diferenciação entre estética, ciência e moral (as três criticas kantianas são o exemplo máximo): o artista podia criar sem a preocupação de ser uma obra sacra, o cientista podia pesquisar livremente sem o temor de represálias eclesiásticas e temporais e a religião podia se preocupar estritamente com aquilo que lhe é próprio.

A pós-modernidade seria o passo seguinte. Uma vez feita a diferenciação seria necessária uma integração. Wilber aponta, no entanto, que ocorreu uma patologia nesse processo. Dissociação em vez de integração: os homens começaram a se apegar radicalmente e até emocionalmente com fetiches materialistas, idealistas, culturalistas, historicistas, processo que ele chamou de “absolutismo de quadrante”.

Dentro desse contexto, Wilber reavalia a noção de Dinâmica da Espiral de Clare W. Graves, Don Beck e Chris Cowan, e resgata o conceito de hólon de Arthur Koestler, demonstrando que a dimensão humana e da realidade em geral constitui uma tensão entre o todo/parte: tudo o que existe não é nem apenas todo nem apenas parte, tudo o que existe é um hólon, ou seja, uma tensão que nunca pode ser reduzida como mera parte ou como um todo definitivo, pois resguardam na sua estrutura aspectos qualitativos.

O desconhecimento dessa tensão básica tende a levar ao reducionismo, ou, na terminologia wilberiana, ao “absolutismo de quadrante”: o idealismo que crê que só a mente é a realidade, o cientificismo que crê que só a matéria é a realidade, o pós-modernismo que crê que todo significado construído culturalmente é a realidade e a teoria sistêmica que acredita nas estruturas sócio-históricas como sendo a realidade última.

A partir de 2002 Wilber iniciou sua quinta fase, tentando demonstrar que conhecimentos do tipo metafísico – no sentido de entidades de outro mundo e de clara conotação literal – surgem em momentos de pouco desenvolvimento intelectual. O filósofo não abandona o aspecto da transcendência, mas pretende reavaliar crenças antigas e superstições modernas, que fogem de nosso mundo objetivo e vivenciado.

Livros além da teoria integral


Com sua mulher, Treya, que morreu em sua cama, vítima de câncer.
Entre mais de 20 livros (sua obra-prima, Sex, Ecology, Spirituality, tem 880 páginas), Wilber escreveu também um romance e dois relatos sobre sua vida:

  • O volume autobiográfico One Taste (1999), ainda sem tradução, com diversas passagens sobre seu cotidiano de escritor, suas práticas de meditação e relatos de seu relacionamento.
  • O romance Boomerite (2002), fazendo uma crítica ácida e bem humorada da geração dos baby boomers e seus sucessores, nascidos entre 1946 e 1964, mostrando como a cultura americana desse período experimentava pela primeira vez uma concepção pluralista do mundo ao mesmo tempo em que criava as justificativas mais sofisticadas para endossar um narcisismo nunca antes constatado em nenhuma civilização.
  • Graça e Coragem (1991), relato autobiográfico sobre vida, morte e transformação no relacionamento com sua esposa Treya e o câncer de mama descoberto logo após o casamento.

Para os mais interessados, há inúmeros longos textos em português na sala de leitura do site do Ari Raysnford.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Suposições sobre estática psíquica

Há alguns meses, postei no meu blog sobre a hipótese de estática psíquica, ou seja a habilidade de um indivíduo de inibir fenômenos psi em si próprio, e até mesmo em outras pessoas. Neste, quero dar uma ilustração sobre uma possibilidade envolvendo essa capacidade, e suas implicações na vida cotidiana.
 
Suponhamos uma pessoa A, com habilidade telepática, tentando ler a mente de uma pessoa B, e uma pessoa X, com capacidade e determinação para impedir essa "leitura" ( para melhor compreensão imaginemos A como um espião e X como um contra-espião ). A, ao fazer sua sondagem, pode obter informações, vagas, fragmentadas e/ou confusas, devido a interferência de X. Ou ainda, ler uma mente, mas não a de B, mas a de C, uma pessoa próxima de B (parente ou conhecido). Ou mesmo a de uma pessoa D, que está relacionada nem com B, nem com a informação que tentou extrair.

Uma habilidade assim, se confirmada, poderia ajudar a montar o quebra-cabeça que é a pesquisa de psi, tomando-se em conta que ela poderia também ser de natureza inconsciente e estar subemetida ás mesmas variáveis físícas que acometem psi (geomagnetismo, presença de eletricidade estática, etc.).

"Mostre-me a evidência..." - Por Dean Radin



Os críticos gostam de dizer que não há nenhuma evidência científica para psi. Acenam seu punho no ar e gritam: "Mostre-me a evidência!" Em seguida, eles ficam vermelhos e tem um ataque de tosse. Em casos menos dramáticos um aluno pode ser verdadeiramente curioso e de mente aberta, mas não tem certeza por onde começar a encontrar evidências confiáveis ​​sobre psi. Google sabe tudo e vê tudo, mas não sabe como interpretar ou avaliar o que sabe (pelo menos ainda não).

No passado, a minha resposta ao desafio "me mostrar" foi dar os títulos de alguns livros para ler, apontar para as bibliografias nesses livros, e aconselhar a pessoa a fazer sua lição de casa. Eu ainda acho que essa é a melhor abordagem para um iniciante abordar um tema complexo. Mas, dada a expectativa crescente de que as informações sobre praticamente qualquer assunto deve estar disponível on-line dentro de 60 segundos, os métodos tradicionais de pesquisa estão desaparecendo rapidamente.

Então, eu criei uma página "MOSTRE-ME" com artigos para download sobre psi e temas psi-relacionados, todos publicados em revistas e jornais. A maioria desses trabalhos foram publicados após o ano de 2000. Mais relatados estão os estudos experimentais ou meta-análises de classes de experimentos. Vou continuar a adicionar a esta página e completá-lo, incluindo links para recentes ou ebooks especialmente úteis. Esta página pode eventualmente tornar-se anotada, em seguida, multithreaded e hiperlinks, e, em seguida, se transformar em um Wiki.

NOTAS:

Dean Radin é Pesquisador no campo da parapsicologia . Autor de vários livros, como "Entanglied Minds"("Mentes Interligadas", publicado no Prasil pela Editora Aleph), e assina o blog homônimo, de onde foi  traduzido este post. 

Radin trabalha na Faculdade Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Sonoma , na Faculdade Consulting Distinguished em Saybrook Graduate School e Centro de Pesquisa , e  ex-presidente da Associação de Parapsicologia(Parapsichological Association (PA)) . [1] [2] Ele também é co-editor-chefe da revista Elsevier Explorer:. The Journal of Science and Healing [3] 
(Fonte: Wikipedia)