Um texto realmente bem sacado do Tonioli.
Sabe o que Golias disse pra Davi?
- Não confunda!
Sabe o que o comandante do exército sírio disse pro profeta Eliseu?
-Não me deixa Naamã.
Sabe o que um ladrão disse pra Jesus na cruz?
- É nóis na fita Emano!
Sabe o que Josué disse pra Moisés?
- Desencanaã.
Sabe o que Abraão disse pra Isaque?
- Tá amarrado!
Sabe o que Lameque disse pra Metusalem?
- Que que há velhinho?!
Sabe o que Paulo disse pro fariseu?
- Ninguém merece!
Sabe o que Maria Madalena disse pra Tomé?
- Pode crê!
Sabe o que Tomé disse pra Maria Madalena?
- Nada a ver!
Sabe o que Pedro disse pra Paulo?
- Não to entendendo...
Sabe o que Sarah disse pra Abraão?
- Fala sério!
Sabe o que José disse pro anjo?
- Não dá uma de Miguel!
Sabe o que Isabel disse pra Maria?
-Nossa!
Sabe o que Jesus disse pra tumba?
- Fui.
Um Blog de um cristão questionador, com consciência própria, ainda que tenha um longo caminho a frente.
terça-feira, 18 de maio de 2010
O Louva deus ateu
Do genial Wilson Tonioli.
Laurindo seria um louva-a-deus comum se não fosse um desvio sutil em sua natureza: era ateu. Não obstante, e bem distante aos seus semelhantes, poderia se passar por mais um da sua espécie.
Laurindo saltava distancias incríveis, camuflava-se, emboscava-se, comia moscas e joaninhas sem neuras. Leia-se, sem agradecer, como faziam seus companheiros de caçada. Além do que, não se sentia culpado, comia indiscriminadamente, moscas e joaninhas jovens e adultas. Isso lhe dava vantagens e fama dentro do enxame. A vantagem é que como não perdia tempo em ficar se perguntando se isso era correto ou não, ele somava feitos incomparáveis. O medo é armadilha desarmada que captura sem prender. Chegou a ser contratado como terceirizado por outros clãs de caçadores, cujos indivíduos não davam conta de abastecer sua própria comunidade das provisões necessárias para a sobrevivência.
Já a fama decorria do fato e do boato que corria de que se tratava de um inseto super-dotado. Alguns mais maldosos diziam que, contrariando a espécie, possuía algum tipo de veneno que o protegia de seus predadores, em especial o vespão. Daí voltar intacto de regiões que outros jamais poriam os pés... Mas Laurindo era apenas um louva-a-deus ateu.
Para não se concluir que louva-a-deus é um bicho ingênuo e não dado às aventuras do pensamento, havia sim, entre os catedráticos, uma tênue desconfiança das mazelas de Laurindo e de seu, digamos, desleixo religioso. Porém, sem provas e com pavor, tudo era guardado e esquecido com muito sigilo.
Um dia, dada esta fama, Laurindo foi convocado para liderar um grupo de trabalho que é o sonho de trabalho de todo louva-a-deus: cuidar de jardim; ou melhor, cuidar para que as pragas não acabem com o jardim, já que o louva-a-deus é um controlador natural.
Laurindo foi, meio contra a vontade, mas foi. Ali conheceu outros guerreiros de valor, contudo, todos se colocavam em submissão a
Laurindo e no final do dia gostavam de conversar sobre seus feitos. Ali também que ficou sabendo com alguns doutores, que o formato em triângulo de suas cabeças, aludia à imagem de Deus, razão de suas existências. Todas as manhãs ao olhar no espelho, Laurindo se lembrava disso, achava ridículo, mas não comentava. Pensava: se a cabeça faz lembrar um Deus, o abdômen faz lembrar um Diabo, com sua ganância e peso.
Ali foi também que conheceu Lívia, uma louva-a-deus linda e recatada. Mais camuflada que o mais camuflado dos louva-a-deus. Tanto é que, até mesmo Laurindo custou a descobri-la. Nas ramagens que ficam no último canteiro, no perigoso espaço junto à fonte, ela costumava ficar.
A primeira troca de palavras:
- Oi, meu nome é Laur...
- Eu sei.
Só isso bastou para Laurindo se apaixonar. Bastou para ele construir um sorriso em sua enorme cara triangular. Bastou para ele, pela primeira vez, sentir medo.
Passou o tempo. Sempre com pouquíssimas palavras, Lívia contou muitas coisas para Laurindo e ele contou muitas coisas para ela. Lívia contou que sempre viveu ali, perto das águas e do mundo externo. Laurindo contou do seu enorme vôo e que um dia, se ela quisesse, podiam voar dali...
Acontece que, sem a concentração e o comando de Laurindo, que passava horas e horas desvendando Lívia, o jardim voltou a se degradar pela proliferação das pragas.
Na primeira tarde do outono, Laurindo morreu no ato do acasalamento, com sete meses de idade. Dele só foi encontrado uma das garrinhas da perna e a metade da mandíbula.
Lívia, que o comeu depois do amor, voou com suas próprias asas para a fonte e seu destino final é contado de diversas maneiras pelos louva-a-deus daquele jardim.
Original:Leia Aqui.
Galhos secos
Estamos em pleno Outono, e deixo esta música que combina com a estação, e que há uns anos atrás era execução matinal certa nas rádios - pois tem as qualidades que toda música evangélica deveria ter: Simples, bela e bíblica.
Você principalmente evangélico que nunca ouviu, aproveite.
Você que já ouviu, aproveite para matar saudades.
Você principalmente evangélico que nunca ouviu, aproveite.
Você que já ouviu, aproveite para matar saudades.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Não tenho fé o suficiente para me fechar a idéias diferentes
Não tenho tanta resistência a coisas como ficção científica, parapsicologia, poesia.
Podem chamar-me louco agora, não tem a menor importância - afinal , ja dizia o mais ilustre profeta que nem os loucos errarão o Caminho.
Podem chamar-me louco agora, não tem a menor importância - afinal , ja dizia o mais ilustre profeta que nem os loucos errarão o Caminho.
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