terça-feira, 18 de maio de 2010

Pequenas Frases, Grandes Efeitos

Um texto realmente bem sacado do Tonioli.

Sabe o que Golias disse pra Davi?

- Não confunda!

Sabe o que o comandante do exército sírio disse pro profeta Eliseu?

-Não me deixa Naamã.

Sabe o que um ladrão disse pra Jesus na cruz?

- É nóis na fita Emano!

Sabe o que Josué disse pra Moisés?

- Desencanaã.

Sabe o que Abraão disse pra Isaque?

- Tá amarrado!

Sabe o que Lameque disse pra Metusalem?

- Que que há velhinho?!

Sabe o que Paulo disse pro fariseu?

- Ninguém merece!

Sabe o que Maria Madalena disse pra Tomé?

- Pode crê!

Sabe o que Tomé disse pra Maria Madalena?

- Nada a ver!

Sabe o que Pedro disse pra Paulo?

- Não to entendendo...

Sabe o que Sarah disse pra Abraão?

- Fala sério!

Sabe o que José disse pro anjo?

- Não dá uma de Miguel!

Sabe o que Isabel disse pra Maria?

-Nossa!

Sabe o que Jesus disse pra tumba?

- Fui.

O Louva deus ateu



Do genial Wilson Tonioli.

Laurindo seria um louva-a-deus comum se não fosse um desvio sutil em sua natureza: era ateu. Não obstante, e bem distante aos seus semelhantes, poderia se passar por mais um da sua espécie.

Laurindo saltava distancias incríveis, camuflava-se, emboscava-se, comia moscas e joaninhas sem neuras. Leia-se, sem agradecer, como faziam seus companheiros de caçada. Além do que, não se sentia culpado, comia indiscriminadamente, moscas e joaninhas jovens e adultas. Isso lhe dava vantagens e fama dentro do enxame. A vantagem é que como não perdia tempo em ficar se perguntando se isso era correto ou não, ele somava feitos incomparáveis. O medo é armadilha desarmada que captura sem prender. Chegou a ser contratado como terceirizado por outros clãs de caçadores, cujos indivíduos não davam conta de abastecer sua própria comunidade das provisões necessárias para a sobrevivência.

Já a fama decorria do fato e do boato que corria de que se tratava de um inseto super-dotado. Alguns mais maldosos diziam que, contrariando a espécie, possuía algum tipo de veneno que o protegia de seus predadores, em especial o vespão. Daí voltar intacto de regiões que outros jamais poriam os pés... Mas Laurindo era apenas um louva-a-deus ateu.

Para não se concluir que louva-a-deus é um bicho ingênuo e não dado às aventuras do pensamento, havia sim, entre os catedráticos, uma tênue desconfiança das mazelas de Laurindo e de seu, digamos, desleixo religioso. Porém, sem provas e com pavor, tudo era guardado e esquecido com muito sigilo.

Um dia, dada esta fama, Laurindo foi convocado para liderar um grupo de trabalho que é o sonho de trabalho de todo louva-a-deus: cuidar de jardim; ou melhor, cuidar para que as pragas não acabem com o jardim, já que o louva-a-deus é um controlador natural.

Laurindo foi, meio contra a vontade, mas foi. Ali conheceu outros guerreiros de valor, contudo, todos se colocavam em submissão a
Laurindo e no final do dia gostavam de conversar sobre seus feitos. Ali também que ficou sabendo com alguns doutores, que o formato em triângulo de suas cabeças, aludia à imagem de Deus, razão de suas existências. Todas as manhãs ao olhar no espelho, Laurindo se lembrava disso, achava ridículo, mas não comentava. Pensava: se a cabeça faz lembrar um Deus, o abdômen faz lembrar um Diabo, com sua ganância e peso.

Ali foi também que conheceu Lívia, uma louva-a-deus linda e recatada. Mais camuflada que o mais camuflado dos louva-a-deus. Tanto é que, até mesmo Laurindo custou a descobri-la. Nas ramagens que ficam no último canteiro, no perigoso espaço junto à fonte, ela costumava ficar.

A primeira troca de palavras:
- Oi, meu nome é Laur...
- Eu sei.

Só isso bastou para Laurindo se apaixonar. Bastou para ele construir um sorriso em sua enorme cara triangular. Bastou para ele, pela primeira vez, sentir medo.

Passou o tempo. Sempre com pouquíssimas palavras, Lívia contou muitas coisas para Laurindo e ele contou muitas coisas para ela. Lívia contou que sempre viveu ali, perto das águas e do mundo externo. Laurindo contou do seu enorme vôo e que um dia, se ela quisesse, podiam voar dali...

Acontece que, sem a concentração e o comando de Laurindo, que passava horas e horas desvendando Lívia, o jardim voltou a se degradar pela proliferação das pragas.

Na primeira tarde do outono, Laurindo morreu no ato do acasalamento, com sete meses de idade. Dele só foi encontrado uma das garrinhas da perna e a metade da mandíbula.

Lívia, que o comeu depois do amor, voou com suas próprias asas para a fonte e seu destino final é contado de diversas maneiras pelos louva-a-deus daquele jardim.




Original:Leia Aqui.

Galhos secos

Estamos em pleno Outono, e deixo esta música que combina com a estação, e que há uns anos atrás era execução matinal certa nas rádios - pois tem as qualidades que toda música evangélica deveria ter: Simples, bela e bíblica.

Você principalmente evangélico que nunca ouviu, aproveite.

Você que já ouviu, aproveite para matar saudades.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Não tenho fé o suficiente para me fechar a idéias diferentes

Não tenho tanta resistência a coisas como ficção científica, parapsicologia, poesia.
Podem chamar-me louco agora, não tem a menor importância - afinal , ja dizia o mais ilustre profeta que nem os loucos errarão o Caminho.
Ser Louco é não ter a menor consideração pela opinião alheia, seja para algo que na mais sincera intenção de ajudar (A família, a igreja, a sociedade) seja para algo que se tome como inconveniência ou mesmo hostilidade
Ser Sábio é saber quando falar e saber quando calar.
Ser Miserável é ser uma prova viva da contraditória condição humana.
Ser Perseverante é ter esperança de ser aceito apesar das contradições, é estar disposto a continuar uma carreira quando muitos caíram no caminho.